O estudo realizado conjuntamente por dois pesquisadores da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, e um de um laboratório californiano parte da premissa que a maioria dos modelos que tentam prever o aumento das temperaturas induzido pela atividade humana "subestimaram as importantes contribuições das nuvens".
"Os modelos de clima global que tentam prever os aumentos médios de temperatura devem conhecer como a quantidade de dióxido de carbono na atmosfera afeta às temperaturas atmosféricas, já que quanto maior seja esta, o aquecimento causado pelo dióxido de carbono será também maior", apontou o estudo.
Para tentar ajustar melhor seus prognósticos, os pesquisadores Ivy Tan e Trude Storelvmo (Yale) e Mark D. Zelinka (Laboratório Nacional Lawrence Livermore da Califórnia) recorreram a dados da Nasa muito específicos sobre as nuvens e sua composição química.
Levando em conta estes novos dados, seu modelo determinou que a "sensitividade de equilíbrio climático", que relaciona a quantidade de dióxido de carbono na atmosfera com seu efeito sobre as temperaturas atmosféricas, é de entre 5 e 5,3 graus centígrados.
Estudos anteriores, que não contemplavam o papel das nuvens e sua composição química, situavam a "sensitividade de equilíbrio climático" entre 2 e 4,6 graus centígrados.
O ano passado terminou com a aprovação em Paris de um acordo histórico e ambicioso contra a mudança climática, no qual 195 países e a União Europeia (UE) se comprometeram a avançar juntos rumo a uma economia baixa em carbono.
O primeiro pacto universal contra o aquecimento, que tardou duas décadas de cúpulas do clima, pretende limitar a abaixo dos 2 graus o aumento da temperatura média no final do século em relação aos valores pré-industriais.
Leia também:Notícias. Com
Deixe o seu comentário
Fonte: EFE.
Nenhum comentário:
Postar um comentário