Washington, Moscou e Pequim estão aperfeiçoando as tecnologias de armas nucleares e isto pode levar a uma nova Guerra Fria, de acordo com a publicação de New York Times.
"Podemos nos envolver em outra espiral de desenvolvimento semelhante à Guerra Fria", afirmou o chefe da Inteligência nacional dos EUA, James Clapper, no comitê de assuntos das Forças Armadas do Congresso americano, citado pelo jornal.
O jornal aponta como evidência da corrida armamentista os novos desenvolvimentos dos três países. Segundo a publicação, a China está experimentando aviões hipersônicos. Os EUA estão desenvolvendo um projeto semelhante, estão trabalhando no desenvolvimento de novos mísseis de cruzeiro e modernizando as suas armas nucleares. A Rússia está equipando potentes mísseis com ogivas de miniatura e elaborando um submarino não tripulado.
Na opinião de William Perry, que exerceu o cargo de secretário da Defesa dos Estados Unidos durante a presidência de Bill Clinton, em caso da criação armas nucleares compactas e aperfeiçoamento das armas não nucleares, a sua utilização já não começa a parecer tão impossível, se tornando cada vez mais difícil evitar a escalada da tensão.
O novo projeto de orçamento do Pentágono para o ano de 2017 causou enorme polêmica nos Estados Unidos. O documento foi criticado por muitas figuras proeminentes do partido Democrata, ex-altos funcionários da Casa Branca, do Pentágono e do Departamento de Estado, bem como especialistas na área de segurança. As objeções dizem respeito antes de tudo à grande envergadura dos planos de modernização do arsenal nuclear do país. Os críticos consideram que a proposta de atualização das forças nucleares é muito cara e acham que ela não corresponde às promessas de Barack Obama de que os EUA iriam fazer todo o possível para eliminar as armas nucleares.
Por sua vez, a Chancelaria russa afirmou que os planos de Washington provocam preocupações em Moscovo. Os especialistas entrevistados pelo jornal Kommersant alertam para uma nova espiral da corrida armamentista nuclear entre os EUA e a Rússia.
Leia também: Notícias.Com
Fonte: Sputnik.
Nenhum comentário:
Postar um comentário