O presidente norte-americano, Barack Obama, irá liderar a Cúpula de Segurança Nuclear na quinta e na sexta-feira com a presença de 56 delegações. Embora a prevenção do terrorismo nuclear vá dominar as discussões, as opiniões de Trump também podem ser um tema, especialmente nos bastidores.
Em mais uma ruptura com uma política de segurança histórica de seu país, Trump disse em uma entrevista publicada no domingo no jornal The New York Times que cogitaria deixar o Japão e a Coreia do Sul construírem suas próprias armas nucleares em vez de dependerem dos EUA para se protegerem da Coreia do Norte e da China.
O empresário bilionário, que espera conquistar a indicação republicana para concorrer na eleição presidencial de 8 de novembro, também disse que poderia frear a compra de petróleo da Arábia Saudita e de outros aliados árabes a menos que eles enviem tropas para combater o Estado Islâmico ou paguem os Estados Unidos para fazê-lo.
"A Otan está obsoleta", afirmou Trump no programa This Week With George Stephanopoulos, da rede de televisão norte-americana ABC.
A Otan, que conta com 28 nações, foi criada em uma era diferente, disse Trump, quando a maior ameaça ao Ocidente era a União Soviética. A aliança é pouco adequada para combater o terrorismo e custa muito caro aos EUA, acrescentou.
"Deveríamos reajustar a Otan... ela pode ser reduzida e pode ser reconfigurada, e você pode chamá-la de Otan, mais vai ser mudada", disse.
No dia 21 de março, Trump afirmou que os EUA deveriam reduzir seu apoio financeiro à aliança, que foi formada em 1949 e se tornou um bastião contra o expansionismo soviético.
A Rússia não irá comparecer à Cúpula de Segurança Nuclear, mas o presidente chinês, Xi Jinping, estará lá.
Ted Cruz, senador do Estado do Texas e principal rival de Trump na corrida presidencial republicana, classificou a visão do magnata sobre a Otan como "catastroficamente tola".
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Fonte: Reuters.
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