Israel referendou a nomeação como embaixador no Brasil do ex-dirigente colono Dani Dayan, despertando receio no Itamaraty nesta quinta-feira (16). O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores israelense, Emanuel Najshon, informou durante a manhã em mensagem de texto aos veículos de imprensa que a vaga seria disputada em concurso público. Depois, ele mesmo se retratou e confirmou que Dayan seguia sendo o embaixador designado para o cargo e que o anúncio anterior ocorreu devido a “um lamentável erro burocrático administrativo” – que não foi explicado.
Em agosto de 2015, Israel designou Dayan, antigo dirigente do Conselho de Assentamentos judaicos em Samaria e Judéia (designação bíblica para o território ocupado da Cisjordânia), como novo embaixador em Brasília. O governo israelense referendou a nomeação em setembro, embora desde então o Executivo do Brasil não tenha respondido positivamente e em mensagens despachadas por vias diplomáticas deixou clara sua preferência por outro candidato que não representasse a colonização judaica.
A vice-ministra das Relações Exteriores israelense, Tzipi Hotovely, pediu no começo do ano ao Itamaraty que aceitasse Dayan para evitar uma crise diplomática, pedido que não foi atendido até o momento. O Brasil está descontente com a indicação de Dayan por dois motivos: não gostou da forma de como sua indicação foi conduzida; e por ele ser favorável aos assentamentos judaicos na Cisjordânia – território que, de acordo com a legislação internacional, pertence aos palestinos. O governo brasileiro é historicamente favorável à existência de dois Estados, Israel e Palestina. Dayan foi presidente do Yesha Council, a representação das comunidades judaicas instaladas na Cisjordânia.
Brasília também estaria fazendo uma retaliação silenciosa porque o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu nomeou publicamente o novo embaixador antes mesmo de comunicar o Ministério das Relações Exteriores brasileiro, passando por cima de protocolos de boas relações diplomáticas.
Fonte: Veja
Leia também:Últimas Notícias. Com
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Em agosto de 2015, Israel designou Dayan, antigo dirigente do Conselho de Assentamentos judaicos em Samaria e Judéia (designação bíblica para o território ocupado da Cisjordânia), como novo embaixador em Brasília. O governo israelense referendou a nomeação em setembro, embora desde então o Executivo do Brasil não tenha respondido positivamente e em mensagens despachadas por vias diplomáticas deixou clara sua preferência por outro candidato que não representasse a colonização judaica.
A vice-ministra das Relações Exteriores israelense, Tzipi Hotovely, pediu no começo do ano ao Itamaraty que aceitasse Dayan para evitar uma crise diplomática, pedido que não foi atendido até o momento. O Brasil está descontente com a indicação de Dayan por dois motivos: não gostou da forma de como sua indicação foi conduzida; e por ele ser favorável aos assentamentos judaicos na Cisjordânia – território que, de acordo com a legislação internacional, pertence aos palestinos. O governo brasileiro é historicamente favorável à existência de dois Estados, Israel e Palestina. Dayan foi presidente do Yesha Council, a representação das comunidades judaicas instaladas na Cisjordânia.
Brasília também estaria fazendo uma retaliação silenciosa porque o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu nomeou publicamente o novo embaixador antes mesmo de comunicar o Ministério das Relações Exteriores brasileiro, passando por cima de protocolos de boas relações diplomáticas.
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