O coordenador nacional da luta contra o ebola, Sakoba Keïta, apresentou um plano de ação que prevê especialmente "vacinar nas próximas 72 horas todos os contatos e contatos dos contatos", em referência às pessoas que podem ter se aproximado dos doentes.
Após uma reunião na sexta-feira, Keita também recomendou quarentena para uma centena de famílias na sub-prefeitura de Koropara (sul), onde foram descobertos os novos casos, segundo um comunicado do governo.
"Temos a intenção de ir para Koropara no sábado", afirmou à AFP o porta-voz da Coordenação Nacional de luta contra o ebola, Fodé Tass Sylla, após reunião separada em N'Zérékoré, a principal cidade de região.
O vírus ebola foi identificado em duas pessoas da mesma família que morreram em Koropara e pelo menos dois de seus parentes, os primeiros casos registrados no país desde o fim da epidemia proclamado em 29 de dezembro, anunciou o governo na quinta-feira.
Estes dois últimos pacientes "foram levados pela organização Alima (The Alliance For International Medical Action) que reabriu em urgência o centro de tratamento de ebola de N'Zérékoré, no interior da Guiné", explicou a ONG em comunicado.
Tratam-se de "uma mãe e o filho de 5 anos", explicou a OMS, que afirmou ter alertado sobre uma possibilidade de ressurgência do ebola na Guiné desde 16 de março, após a morte inexplicada de uma família apresentando sintomas do vírus.
As equipes enviadas ao local pela OMS e o ministério da Saúde "vão se esforçar para investigar sobre a origem das novas contaminações e identificar, isolar, vacinar e monitorar todos os contatos dos novos casos e dos mortos", afirmou a organização.
Uma fonte próxima à Coordenação de luta contra o ebola afirmou à AFP que as duas pessoas eram casadas.
O anúncio, confirmado por uma fonte médica, ocorreu no momento em que a Organização Mundial de Saúde (OMS) proclamou, ainda nesta manhã, o suposto fim de "todas as redes de transmissão iniciais" da epidemia no oeste da África após o fim do último episódio da doença em Serra Leoa.
"Os casos descobertos na Guiné são, obviamente, uma ameaça para Serra Leoa", declarou nesta sexta-feira à AFP o diretor de prevenção e controle de doenças no ministério da Saúde serra-leonês, Foday Dafai.
Os serviços de saúde foram colocados em alerta na fronteira e "todos os hospitais do país têm reavivado seus centros de tratamento de ebola em nível regional", ressaltou.
A epidemia de ebola, a mais grave desde a identificação do vírus em 1976, na África Ocidental, começou em dezembro de 2013 na região da Guiné antes de se espalhar para Libéria e Serra Leoa, que fazem fronteira com o país.
Fonte: AFP.
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