"[Assad] enfatizou que a Síria é um país muito pequeno para implementar uma ideia de federalização, também devido ao fato de que todas as comunidades estão ligadas e intimamente entrelaçadas", disse Nicolas Dhuicq.
Ele acrescentou que Assad considera que a iniciativa dos sírios curdos no sentido da federalização foi uma má ideia.
"Ele mencionou os curdos e o fato de que eles falam sobre a federalização. Na sua opinião, não é uma boa ideia, especialmente tendo em conta a população árabe na área. Ele disse que, nas regiões sírias com população curda, os curdos, na verdade, representam apenas 30 por cento da população, então eles vão ser uma minoria no seu próprio território. Assad acredita que as autoridades centrais devem desempenhar um papel permanente na Síria. Ao mesmo tempo, pode ser concedida mais autonomia a algumas áreas. Assad mencionou as ideias de descentralização, algo que temos aqui em França", disse Nicolas Dhuicq à Sputnik, adicionando que o presidente sírio está pensando numa organização ou estrutura nova de Estado.
“Bashar Assad não concorda que os muçulmanos devam ter o direito exclusivo ao mandato presidencial na Síria”, sublinhou Nicolas Dhuicq, membro da delegação dos deputados franceses, ao visitar Damasco.
"Ele mencionou uma nova Constituição e o fato de que ele não concorda com as propostas de introdução de uma nova norma estabelecendo que só um muçulmano poderá ser presidente. ‘É inaceitável’, disse ele, acrescentando que todos os cidadãos da Síria devem ter os mesmos direitos", disse Dhuicq.
"[Assad] espera que haja um acordo no Verão entre as partes do conflito antes da eleição presidencial nos Estados Unidos", disse Nicolas Dhuicq.
A última rodada de negociações entre as forças do governo e a oposição síria terminou em Genebra na quinta-feira e deve recomeçar em 10 de abril.
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