O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, determinou que a Polícia Federal investigue a divulgação de mensagens do executivo da construtora OAS José Aldemário Pinheiro Filho, conhecido como Leo Pinheiro, publicadas nesta quinta-feira (7) pelo jornal ‘O Estado de S. Paulo’ e que, de acordo com a publicação, indicariam suposta intermediação a favor de petistas.
Segundo nota divulgada pelo ministério, Cardozo pediu “imediata” abertura de inquérito em ofício sob o argumento de que as mensagens divulgadas na reportagem do jornal nesta quinta são protegidas por sigilo legal.
Dentre os nomes envolvidos nas mensagens telefônicas, de acordo com a reportagem, estão os do atual ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), e do presidente da Petrobras, Aldemir Bendine.
Também nesta quinta, a GloboNews informou que o ministro da Comunicação Social, Edinho Silva, teria tratado em mensagens trocadas com o executivo de doações para a campanha da presidente Dilma Rousseff à reeleição em 2014.
De acordo com a emissora, o executivo da OAS também afirma em mensagem enviada a outro destinatário que uma terceira pessoa havia falado com Edinho sobre a Petros, fundo de pensão dos funcionários da Petrobras, sem, no entanto, entrar em detalhes. Edinho foi tesoureiro da campanha que reelegeu a presidente Dilma Rousseff em 2014.
Em nota, Edinho afirmou que enquanto deputado estadual em São Paulo manteve relações políticas com diversos empresários, inclusive com Leo Pinheiro, de forma “transparente e dentro da legalidade”.
Afirmou ainda que “todas as doações para a campanha à reeleição da presidenta Dilma Rousseff, em 2014, foram efetuadas dentro da legalidade”, com as contas da campanha aprovadas pela Justiça eleitoral.
Também em nota, Wagner se disse “absolutamente tranquilo” em relação à sua atividade política e institucional, e disse estar à disposição do Ministério Público e demais órgãos para esclarecimentos.
“Em tempo, manifesto meu repúdio à reiterada prática de vazamentos de informações preliminares e inconsistentes, que não contribuem para andamento das apurações e do devido processo legal”, acrescentou o ministro na nota.
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