6 de julho de 2015

Notícia - Vitória do ‘não’ na Grécia derruba bolsas de valores pelo mundo

Em referendo, gregos rejeitaram as novas medidas de austeridade exigidas pela UE

As bolsas europeias e o euro operam em forte baixa nesta segunda-feira (6) depois de mais de 61% dos eleitores na Grécia terem votado “não” às novas medidas de austeridade propostas pelos credores internacionais do país em plebiscito realizado no domingo.

Bolsas

Às 5h16, a desvalorização era generalizada nas principais bolsas europeias: Paris recuava 1,77%, Frankfurt perdia 1,45%, Londres caía 1,00%, Milão tinha queda de 2,86% e Madri, de 2,00%. Na Ásia, a Bolsa de Tóquio fechou em baixa de 2,08%, Seul perdeu 2,40% e Hong Kong registrou forte queda de 3,18%. A bolsa grega ficou fechada na semana passada e não deverá reabrir até amanhã, assim como os bancos do país. No câmbio, o euro recuava a US$ 1,1074, de US$ 1,1104 no fim da tarde de sexta.

Para analistas, a rejeição do povo grego vai dificultar as futuras negociações de Atenas com seus credores. “O risco de um resultado negativo (para a Grécia) cresceu de forma concreta”, avaliou Francis Yared, estrategista do Deutsche Bank. Já economistas do BNP Paribas preveem “incertezas significativas” nas próximas 48 horas. O maior temor é que a Grécia acabe deixando a zona do euro.

Boa notícia

As perdas das ações na Europa, porém, são contidas pelo anúncio de que o ministro de Finanças grego, Yanis Varoufakis, vai renunciar ao cargo para ajudar seu país a fechar um acordo de resgate com os credores, que incluem a Comissão Europeia, o Banco Central Europeu (BCE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI).

A saída de Varoufakis é um “evento muito positivo”, segundo Demetrios Efstathiou, estrategista do ICBC Standard Bank. “O ministro de Finanças grego havia perdido a confiança dos parceiros na zona do euro e as negociações serão mais fáceis sem ele”, disse Efstathiou.

Líderes europeus e o Eurogrupo – formado por ministros de Finanças da zona do euro – convocaram reuniões para esta terça-feira para discutir a questão grega.
Fonte: Veja

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