Na primeira investida após autorização do Supremo Tribunal Federal (STF) para investigar políticos envolvidos na Operação Lava Jato, a Polícia Federal realizou, na manhã desta terça-feira (14), buscas em endereços residenciais e funcionais de senadores, ex-ministros do governo Dilma Rousseff, deputados e ex-deputados. Também foram vasculhados escritórios de advocacia, empresas e órgãos públicos. Os principais alvos foram os senadores Fernando Collor (PTB-AL), Ciro Nogueira (PP-PI) e Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE), o deputado Eduardo da Fonte (PP-PE), o ex-deputado João Pizzolatti (PP-SC) e o ex-ministro e ex-deputado Mário Negromonte (PP-BA). O advogado Thiago Cedraz, filho do presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Aroldo Cedraz, também teve a residência e o local de trabalho visitados pela PF. Todos foram citados em delações premiadas como beneficiários do esquema bilionário de corrupção na Petrobras. Não houve prisões.
No imóvel de Collor, ex-presidente da República, a famosa Casa da Dinda, no Lago Norte, os agentes federais apreenderam, além de documentos, três carros de luxo: uma Ferrari, um Porsche e uma Lamborghini. A Operação Politeia, autorizada pelos ministros do STF Teori Zavascki, Ricardo Lewandowski e Celso de Mello, provocou uma reação no Congresso. Os políticos envolvidos se disseram à disposição da Justiça, no entanto, criticaram o que chamaram de “ação midiática e invasiva”.
A Polícia Federal cumpriu 53 mandados de busca e apreensão: no Distrito Federal (12), na Bahia (11), em Alagoas (sete), em Santa Catarina (cinco), no Rio de Janeiro (cinco) e em São Paulo (cinco). Foram apreendidos oito veículos, duas obras de arte, joias, relógios, computadores, documentos e aproximadamente R$ 4 milhões em espécie. Os agentes ainda recolheram 45 mil dólares e 24,5 mil euros. Em apenas uma empresa, sediada em São Paulo, os policiais encontraram R$ 3,67 milhões.
O objetivo principal é evitar a destruição de provas importantes do caso. Segundo a apuração do Ministério Público e da Polícia Federal, um cartel de empreiteiras combinava licitações na Petrobras, superfaturava obras na estatal e repassava o excedente sob a forma de propinas a políticos e a funcionários da petroleira. Só no STF, mais de 40 políticos respondem a inquérito por corrupção e lavagem de dinheiro. Segundo a PF, após pedido de delegados e procuradores, os ministros do Supremo autorizaram a apreensão de bens supostamente obtidos por meio dos crimes. Além de corrupção e lavagem de dinheiro, há suspeita de evasão de divisas, fraude à licitação e organização criminosa.
BR Distribuidora
Os policiais estiveram nas casas de Collor em Brasília e em Alagoas. Também realizaram buscas na TV Gazeta, que pertence à família do senador. O ex-presidente é investigado por, segundo o doleiro Alberto Youssef, um dos principais operadores do esquema, ter recebido propina para facilitar contratos na BR Distribuidora, uma subsidiária da Petrobras. Em delação premiada, o dono da construtora UTC, Ricardo Pessoa, disse ainda que Collor teria recebido R$ 20 milhões do esquema montado na Petrobras, entre 2010 e 2012.
Segundo a PGR, essa é a “primeira fase” de ações da Lava Jato no STF — na primeira instância, em Curitiba, já houve 15 fases. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, disse que as ações eram “necessárias”. “As medidas são necessárias ao esclarecimento dos fatos investigados no âmbito do STF, sendo que algumas se destinaram a garantir a apreensão de bens adquiridos com possível prática criminosa, e outras a resguardar provas relevantes que poderiam ser destruídas caso não fossem apreendidas”, explicou. Para a procuradoria, as ações de buscas e apreensão demonstram uma “atuação firme e responsável” para esclarecer os fatos.
Fonte: Correio Braziliense
No imóvel de Collor, ex-presidente da República, a famosa Casa da Dinda, no Lago Norte, os agentes federais apreenderam, além de documentos, três carros de luxo: uma Ferrari, um Porsche e uma Lamborghini. A Operação Politeia, autorizada pelos ministros do STF Teori Zavascki, Ricardo Lewandowski e Celso de Mello, provocou uma reação no Congresso. Os políticos envolvidos se disseram à disposição da Justiça, no entanto, criticaram o que chamaram de “ação midiática e invasiva”.
A Polícia Federal cumpriu 53 mandados de busca e apreensão: no Distrito Federal (12), na Bahia (11), em Alagoas (sete), em Santa Catarina (cinco), no Rio de Janeiro (cinco) e em São Paulo (cinco). Foram apreendidos oito veículos, duas obras de arte, joias, relógios, computadores, documentos e aproximadamente R$ 4 milhões em espécie. Os agentes ainda recolheram 45 mil dólares e 24,5 mil euros. Em apenas uma empresa, sediada em São Paulo, os policiais encontraram R$ 3,67 milhões.
O objetivo principal é evitar a destruição de provas importantes do caso. Segundo a apuração do Ministério Público e da Polícia Federal, um cartel de empreiteiras combinava licitações na Petrobras, superfaturava obras na estatal e repassava o excedente sob a forma de propinas a políticos e a funcionários da petroleira. Só no STF, mais de 40 políticos respondem a inquérito por corrupção e lavagem de dinheiro. Segundo a PF, após pedido de delegados e procuradores, os ministros do Supremo autorizaram a apreensão de bens supostamente obtidos por meio dos crimes. Além de corrupção e lavagem de dinheiro, há suspeita de evasão de divisas, fraude à licitação e organização criminosa.
BR Distribuidora
Os policiais estiveram nas casas de Collor em Brasília e em Alagoas. Também realizaram buscas na TV Gazeta, que pertence à família do senador. O ex-presidente é investigado por, segundo o doleiro Alberto Youssef, um dos principais operadores do esquema, ter recebido propina para facilitar contratos na BR Distribuidora, uma subsidiária da Petrobras. Em delação premiada, o dono da construtora UTC, Ricardo Pessoa, disse ainda que Collor teria recebido R$ 20 milhões do esquema montado na Petrobras, entre 2010 e 2012.
Segundo a PGR, essa é a “primeira fase” de ações da Lava Jato no STF — na primeira instância, em Curitiba, já houve 15 fases. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, disse que as ações eram “necessárias”. “As medidas são necessárias ao esclarecimento dos fatos investigados no âmbito do STF, sendo que algumas se destinaram a garantir a apreensão de bens adquiridos com possível prática criminosa, e outras a resguardar provas relevantes que poderiam ser destruídas caso não fossem apreendidas”, explicou. Para a procuradoria, as ações de buscas e apreensão demonstram uma “atuação firme e responsável” para esclarecer os fatos.
Fonte: Correio Braziliense
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