Missionária mirim atrai estrangeiros em busca de milagres
Depois de ser citada em uma reportagem do “The New York Times” a pequena Alani Santos, 11 anos, passou a receber a visita de inúmeras pessoas de outros países interessadas no poder de cura que ela possui.
Alani é filha do pastor Adauto Santos, 48 anos, da igreja pentecostal Missão Internacional de Milagres que fica em São Gonçalo (RJ).
No cartaz posto na porta da igreja o dom da pequena missionária é exposto convidando os doentes a entrar. “Missionarinha Alani: Imprensa de todo o mundo veio entrevistá-la. Pessoas de muitos países alcançaram o Milagre”.
A reportagem da Folha de São Paulo fez questão de assistir a um dos cultos para presenciar a atuação da jovem. Nesse dia encontrou um italiano de 40 anos que veio ao Brasil exclusivamente para receber oração de Alani. Ele tem Aids e espera um milagre para se livrar da doença.
O pai da menina garante que o dom de cura é verdadeiro e que eles não enganam as pessoas. “Dizem que o que fazemos é exploração. Não é. Através do toque desta criança você pode sair daqui curado”.
O italiano recebeu a oração, mas ele tem consciência de que milagre não é mágica. “Quando ela me tocou, senti um perfume especial. Não acho que a cura funcione como mágica. Tem que orar todo dia”,disse ele à Folha.
Missionários mirins causam polêmica na comunidade evangélica
Alguns pastores opinaram sobre o dom dessas crianças, mas o que foi discutido mesmo foi a forma como elas são expostas.
Para o pastor Silas Malafaia essas crianças são exploradas por seus pais. “Isso não é comum. Está fora da estrutura psicológica e emocional da criança. É uma exploração por parte dos pais”, disse ele.
Já para o pastor Ed René Kivitz, a criança não tem maturidade para compreender os textos bíblicos e apenas decora e imita o comportamento dos adultos. “Ela pode, no máximo, decorar discurso e mimetizar o comportamento adulto”.
O professor da Unicamp, Ronaldo Rômulo Machado de Almeida, especialista em pentecostalismo, diz que o fenômeno das crianças pregadoras se insere numa tendência de igrejas terem como pregadores figuras “extremas”.
Ele chama de figuras “extremas” personagens como criminosos que se converteram ou deficientes físicos curados e até mesmo as crianças. “É uma demonstração de que Deus usa qualquer um. [Isso] Produz ânimo espiritual nas pessoas”, garante o professor.
Depois de ser citada em uma reportagem do “The New York Times” a pequena Alani Santos, 11 anos, passou a receber a visita de inúmeras pessoas de outros países interessadas no poder de cura que ela possui.
Alani é filha do pastor Adauto Santos, 48 anos, da igreja pentecostal Missão Internacional de Milagres que fica em São Gonçalo (RJ).
No cartaz posto na porta da igreja o dom da pequena missionária é exposto convidando os doentes a entrar. “Missionarinha Alani: Imprensa de todo o mundo veio entrevistá-la. Pessoas de muitos países alcançaram o Milagre”.
A reportagem da Folha de São Paulo fez questão de assistir a um dos cultos para presenciar a atuação da jovem. Nesse dia encontrou um italiano de 40 anos que veio ao Brasil exclusivamente para receber oração de Alani. Ele tem Aids e espera um milagre para se livrar da doença.
O pai da menina garante que o dom de cura é verdadeiro e que eles não enganam as pessoas. “Dizem que o que fazemos é exploração. Não é. Através do toque desta criança você pode sair daqui curado”.
O italiano recebeu a oração, mas ele tem consciência de que milagre não é mágica. “Quando ela me tocou, senti um perfume especial. Não acho que a cura funcione como mágica. Tem que orar todo dia”,disse ele à Folha.
Missionários mirins causam polêmica na comunidade evangélica
Alguns pastores opinaram sobre o dom dessas crianças, mas o que foi discutido mesmo foi a forma como elas são expostas.
Para o pastor Silas Malafaia essas crianças são exploradas por seus pais. “Isso não é comum. Está fora da estrutura psicológica e emocional da criança. É uma exploração por parte dos pais”, disse ele.
Já para o pastor Ed René Kivitz, a criança não tem maturidade para compreender os textos bíblicos e apenas decora e imita o comportamento dos adultos. “Ela pode, no máximo, decorar discurso e mimetizar o comportamento adulto”.
O professor da Unicamp, Ronaldo Rômulo Machado de Almeida, especialista em pentecostalismo, diz que o fenômeno das crianças pregadoras se insere numa tendência de igrejas terem como pregadores figuras “extremas”.
Ele chama de figuras “extremas” personagens como criminosos que se converteram ou deficientes físicos curados e até mesmo as crianças. “É uma demonstração de que Deus usa qualquer um. [Isso] Produz ânimo espiritual nas pessoas”, garante o professor.
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