A CPI da Petrobras aprovou nesta quinta-feira (9) a convocação do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, para prestar esclarecimento sobre o grampo encontrado na cela do doleiro Alberto Youssef na carceragem da Polícia Federal em Curitiba. A escuta não tinha autorização judicial.
O pedido, de autoria de deputados da oposição, foi incluído em um bloco de 79 requerimentos propostos pelo relator da comissão, Luiz Sérgio (PT-RJ). Por se tratar de uma convocação, o ministro será obrigado a comparecer ao colegiado. A data ainda será marcada.
“Queremos que o ministro, como chefe da Polícia Federal, possa explicar as dúvidas que ficamos sobre o episódio”, disse Luiz Sérgio. Na semana passada, dois policiais federais confirmaram à CPI que a escuta na cela do doleiro foi colocada sem autorização da Justiça.
Além da convocação do ministro, foram aprovadas as convocações do empresário e delator Júlio Camargo que, segundo as investigações, cuidou de contrato apontado como fonte da propina que teria sido paga ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), do ex-policial Jayme de Oliveira, que teria entregado dinheiro ao presidente da Câmara, e do lobista Fernando Baiano, apontado pelo doleiro Alberto Youssef como operador do PMDB no esquema.
A CPI aprovou ainda a convocação da advogada Beatriz Catta Preta, que faz a defesa do ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco, entre outros investigados na Operação Lava Jato.
Autor do requerimento, o deputado Celso Pansera (PMDB-RJ), justifica a ida da advogada à CPI para explicar como seus clientes têm custeado a sua defesa. Ele argumenta que muitos deles fizeram acordo de delação premiada com a Justiça, comprometendo-se a devolver o dinheiro desviado, mas que declararam à comissão que bancam sua defesa com recursos próprios. Segundo ele, trata-se de uma “incongruência”.
Fonte: G1
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