Alvejado pela Lava Jato, presidente da Câmara convoca aliados para anunciar que vai romper com o governo. A crise política atinge temperatura máxima no Congresso Nacional
A guerra declarada nesta quinta-feira (16) pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ao Palácio do Planalto consumou-se a jato. Pela primeira vez na história recente do país, o Palácio do Planalto pode ter pela frente um adversário real no comando de uma das Casas mais importantes da República. Cunha avisou seus aliados na madrugada que vai formalizar o rompimento com o Executivo na manhã desta sexta-feira (17). Se confirmada, a atitude pode acarretar consequências graves ao governo da presidente Dilma Rousseff e, politicamente, indicará um afastamento inédito e sintomático do PMDB dos cabides do poder no momento em que a crise política beira a temperatura máxima.
Leia também: Brasília entra em ebulição com nova fase da Operação Lava Jato
Eduardo Cunha teve uma quinta-feira difícil. Começou o dia atirando contra o governo e o Partido dos Trabalhadores porque sabia do pior: o lobista Julio Camargo, da Toyo Setal, iria contar à Justiça que o peemedebista pediu 5 milhões de dólares do propinoduto da Petrobras para agilizar contratos na estatal. Dito e feito. Mas Cunha não engoliu. Reagiu negando as denúncias, mas horas antes já havia colocado em curso um plano de afastamento do governo que, em tempos de crise econômica e agenda pública à deriva, o fortalece ainda que jogado no lamaçal do petrolão.
Ao seu lado, Eduardo Cunha tem o presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), tão líder dentro do PMDB como ele, mas não tão influente na capilaridade do Legislativo. Renan aprovou a ideia. É hora de emparedar o Executivo sobre os rumos da Operação Lava Jato.
No Senado, Renan tem duas cartas na manga: vai pressionar o governo nesta sexta com a criação das incômodas CPIs do BNDES e a dos Fundos de Pensão. São duas comissões que causam tremor Palácio do Planalto desde 2005. Mas o trunfo na mesa esta mesmo nas mãos de Cunha: a aliados, ele confidenciou a intenção de contratar pareceres de advogados renomados sobre a possibilidade de dar seguimento ao processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff por atos cometidos na gestão anterior. Neste momento, aliás, Cunha tem um empolgado deputado disposto a assumir a caneta: Paulinho Pereira (SD-SP), o Paulinho da Força Sindical, que há mais de uma década sonha em encampar essa briga.
Leia também: Parecer sobre impeachment de Dilma sai em 30 dias, diz Cunha
Fonte: Veja
A guerra declarada nesta quinta-feira (16) pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ao Palácio do Planalto consumou-se a jato. Pela primeira vez na história recente do país, o Palácio do Planalto pode ter pela frente um adversário real no comando de uma das Casas mais importantes da República. Cunha avisou seus aliados na madrugada que vai formalizar o rompimento com o Executivo na manhã desta sexta-feira (17). Se confirmada, a atitude pode acarretar consequências graves ao governo da presidente Dilma Rousseff e, politicamente, indicará um afastamento inédito e sintomático do PMDB dos cabides do poder no momento em que a crise política beira a temperatura máxima.
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Eduardo Cunha teve uma quinta-feira difícil. Começou o dia atirando contra o governo e o Partido dos Trabalhadores porque sabia do pior: o lobista Julio Camargo, da Toyo Setal, iria contar à Justiça que o peemedebista pediu 5 milhões de dólares do propinoduto da Petrobras para agilizar contratos na estatal. Dito e feito. Mas Cunha não engoliu. Reagiu negando as denúncias, mas horas antes já havia colocado em curso um plano de afastamento do governo que, em tempos de crise econômica e agenda pública à deriva, o fortalece ainda que jogado no lamaçal do petrolão.
Ao seu lado, Eduardo Cunha tem o presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), tão líder dentro do PMDB como ele, mas não tão influente na capilaridade do Legislativo. Renan aprovou a ideia. É hora de emparedar o Executivo sobre os rumos da Operação Lava Jato.
No Senado, Renan tem duas cartas na manga: vai pressionar o governo nesta sexta com a criação das incômodas CPIs do BNDES e a dos Fundos de Pensão. São duas comissões que causam tremor Palácio do Planalto desde 2005. Mas o trunfo na mesa esta mesmo nas mãos de Cunha: a aliados, ele confidenciou a intenção de contratar pareceres de advogados renomados sobre a possibilidade de dar seguimento ao processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff por atos cometidos na gestão anterior. Neste momento, aliás, Cunha tem um empolgado deputado disposto a assumir a caneta: Paulinho Pereira (SD-SP), o Paulinho da Força Sindical, que há mais de uma década sonha em encampar essa briga.
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Fonte: Veja
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