10 de julho de 2015

Desperta - Enquanto o cristão dorme, o inimigo semeia joio (Mt 13.25; Lc 12.37)

(Texto base: Efésio 5.14)
“Desperta, ó tu que dormes, e levanta-te dentre os mortos, e Cristo te esclarecerá” (Ef 5.14) 


É TEMPO DE DESPERTAR

Introdução
Segundo o dicionário da língua portuguesa, despertar é: Levantar, acordar do sono. Os verbos despertar e levantar estão no imperativo, o que indica uma ordem que o Senhor dá a sua Igreja para um despertamento , ou seja, levantar do comodismo e acordar do sono espiritual.

O sono natural é importante para o descanso físico, mas espiritualmente não podemos dormir, pois nosso adversário que é Satanás procura sempre um cochilo nosso para nos destruir. Enquanto o cristão dorme, o inimigo semeia joio (Mt 13.25; Lc 12.37). Por isso, temos que vigiar e orar (Mt.26.41), continuamente para não fraquejarmos. Somos falhos e por isso, precisamos procurar no Senhor a nossa força (Sl 27.1) porque Ele, o guarda de Israel é quem nos guarda e Ele “Não tosquenejará nem dormirá” (Sl 121.4,5). A Bíblia diz que “os que esperam no Senhor renovarão as suas forças e subirão com asas como águias; correrão e não se fatigarão” (Is 40.31).

Nem só de Pão Viverá o Homem (Lc 4.4)
De que forma podemos renovar as nossas forças? Através da oração e da meditação na Palavra de Deus. Precisamos compreender que necessitamos do alimento espiritual para nos fortalecermos, do contrário, ficaremos fracos e sonolentos, sendo conduzido à morte espiritual, consequentemente. O povo de Israel pereceu por falta desse alimento (Os 4.6).

Importância da Meditação na Palavra de Deus (Sl 1.1-3)
No que se refere a importância da Palavra de Deus, o Senhor disse a Josué para não se desviar de seus estatutos nem pra direita nem pra esquerda, ou seja, não se desviar de seus propósitos, sendo inclusive esta a condição para que tudo corresse bem em sua missão ” (Js 1.7). Temos, portanto, nesse versículo a condição sine qua non (expressão que vem do latim e que se refere a uma ação, condição indispensável, essencial) para que as promessas de Deus se cumpram.

Corroborando com essa verdade o salmista diz:
“Bem-aventurado o varão que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores antes, tem o seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite pois será como a árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto na estação própria, e cujas folhas não caem, e tudo quanto fizer prosperará” (Sl 1.1-3).

Precisamos Buscar a Renovação Espiritual (II Co 4.16,17)
Elias era um homem de Deus, mas era um ser humano como qualquer um de nós. Depois de derrotar os profetas de Baal no Monte Carmelo, ele permitiu que o medo entrasse em seu coração pois conhecia bem o coração da Rainha Jezabel e sabia do que ela era capaz. Esqueceu-se de nutrir o seu espírito no Senhor e ficou debilitado, caindo em uma prostração profunda. Sentou-se debaixo do pé de zimbro e pediu a morte. Mas Deus, vendo-o naquele estado compadeceu-se e enviou um anjo para despertá-lo, trazendo pão e água para que ele conseguisse chegar até o Monte Horebe (I Reis 19.5-8).

Da mesma forma, quando não buscamos no Senhor a renovação de nossas forças, quando deixamos de lado o pão da vida, a fraqueza se instala, vem a sonolência espiritual e a morte é inevitável. Por esta razão, Paulo nos chama a atenção para não determos os nossos olhos nas coisas transitórias e sim nas coisas eternas para não desfalecermos “porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente” (II Co 4.16,18).

Temos que ser Vigilantes e Perseverantes (Mt 10.22b)
Temos no Livro de Provérbios uma belíssima definição do que acontece quando nos deixamos conduzir pelas nossas próprias forças: “Se te mostrares frouxo no dia da angústia, a tua força será pequena”( Pv 24:10). Jonas é um bom exemplo disso, ele recebeu da parte do Senhor uma missão, deveria pregar o arrependimento em Nínive, mas temeu e deixou-se abater, preferindo refugiar-se no sono profundo e confortável daqueles que fogem à responsabilidade acreditando que poderia isentar-se dessa responsabilidade sem a menor consequência. Mas a tempestade veio e ele teve que despertar. Passou por momentos difíceis por falta de vigilância e confiança no Senhor (Jn 1.2-6).

Esse texto nos ensina que não podemos olhar para as dificuldades da missão que nos é confiada, porque aquele que nos enviou suprirá todas as nossas necessidades. É Ele ó nosso General, o que vai à frente e que vence todas as batalhas. Precisamos compreender que não é pela capacidade humana que vencemos o mal e sim pelo poder de Deus que atua em nós através do Espírito Santo. Assim, devemos nos revestir de todas as armaduras de Deus para resistirmos aos dias maus e ficarmos tranquilos (Ef.6-10.13), confiantes e perseverantes na fé porque “aquele que perseverar até o fim será salvo” (Mt 10.22b).

Temos que ter Comunhão com Deus - (I Jo 1.3)
A palavra comunhão, refere-se literalmente, “ter em comum” e envolve vida em comum, participação, intimidade, experiências em comum. Conforme João nos diz: “Deus é luz e não há nele treva nenhuma. Se dissermos que temos comunhão com ele e andarmos em trevas, mentimos e não praticamos a verdade” (I Jo 1.5,6). Ter comunhão com Deus, portanto, entre outras coisas, é colocar em prática os seus ensinamentos, é dar bom testemunho, é ter intimidade com Ele, adorá-Lo por tudo que Ele é, é ser obediente, a ponto de sermos vistos como homens e mulheres de Deus, tal como Abraão era chamado ‘amigo de Deus’ (Is 41.8).

Diz o salmista: “A intimidade do Senhor é para os que o temem, aos quais ele dará a conhecer a sua aliança.” (Sl 25.14). Quando deixamos de lado esse relacionamento ocorre o esfriamento e a morte espiritual. Sardes - Uma Igreja Morta, Sardes é o melhor exemplo do que ocorre quando nos afastamos de Deus. Apesar da aparência de uma igreja forte e ativa, Cristo observou as suas falhas e se referiu a ela como uma Igreja aparentemente em paz, mas tomada por indiferença e apatia. Ele bem sabia que aquela congregação já estava quase morta. Mas ela se mantinha altiva e, aos olhos dos outros parecia estar viva. Sua liderança e a maioria dos membros da Igreja não tinham mais vida espiritual, e estavam desviados dentro da própria Igreja, cumprindo apenas um ritualismo religioso, crendo ainda, ser cristãos. A boa fama não ocultou a verdadeira natureza desta congregação dos olhos do Senhor. Porém, havia entre eles alguns poucos remanescentes fiéis que não se contaminaram e permaneceram firmes na fé.

A carta à Igreja de Sardes é um aviso de Cristo para que não nos descuidemos da comunhão com Ele. O processo de morte de uma igreja pode acontecer lentamente, passando quase despercebido. Começa com a cauterização do coração que perde a sensibilidade para ouvir a voz de Deus. Entra em uma segunda fase, a perda de memória, vindo a esquecer-se dos benefícios do Senhor em sua vida, depois vem o descompromisso com a obra, o desleixo. Talvez essas coisas passem despercebidas aos olhos de muitos, porém, o Cabeça da Igreja que é aquele que anda no meio dos castiçais e possui olhos como chama de fogo que conhece as nossas mais íntimas intenções e sabe o que vai em nossos corações, ele não toma o culpado por inocente e nem o contrário. Não há como enganá-lo mascarando a nossa verdadeira condição espiritual.

Conclusão
Esta é uma palavra despertamento. Não fomos chamados por Deus para retroceder e sim para avançar. (Fp 3:12-14). Que possamos prestar atenção no que o Espírito Santo está dizendo à igreja, em particular, a cada um. A ordem é: despertar e levantar, ou seja, sair do estado de sonolência e colocar-se em movimento, deixando o comodismo de lado porque o Senhor quer ter um particular conosco. Ele diz: “O que vencer será vestido de vestes brancas, e de maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro da vida; e confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos” (Ap 3.5).

Sejamos firmes e verdadeiros em nossa fé, nos atentando para o que diz o discípulo amado do Senhor: “Filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas de fato e de verdade." (1Jo 3.18).

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