O uso de antibiótico pode reduzir a eficácia da pílula anticoncepcional. Esse efeito está associado aos antibióticos rifampicina, ampicilina e tetraciclina, segundo o Manual de Contracepção da Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo).
Esses remédios podem tratar vários tipos de infecção, entre elas tuberculose, hanseníase, além de infecções urinárias, respiratórias e digestivas.
Foi o que aconteceu com uma dona de casa que vive em Pedreira, interior de São Paulo. Ela engravidou de quadrigêmeas enquanto tomava pílula, mas o efeito anticoncepcional foi cortado por causa do uso de um antibiótico. Miriam Cristina de Lima Lopes, de 31 anos, teve os bebês nesta terça-feira (23).
Segundo o médico ginecologista Nilson Roberto de Melo, o antibiótico destrói as bactérias que fazem as reações enzimáticas responsáveis por estimular a liberação e ativação dos hormônios que produzem o efeito anticoncepcional.
Ele alerta que é preciso conversar com o médico sobre a melhor forma de lidar com o problema. Em alguns casos, é indicado o uso métodos contraceptivos adicionais.
Outros medicamentos que podem cortar o efeito da pílula são os anticonvulsionantes – entre eles a carbamazepina, os barbitúricos e a hidantoina – e os antialérgicos.
O fenômeno inverso também pode acontecer: a pílula pode diminuir os efeitos de alguns remédios, como os anti-hipertensivos metildopa e guanetidina.
O ginecologista José Bento lembra que, em geral, de cada cem mulheres que tomam a pílula anticoncepcional corretamente durante um ano, três engravidam. Isso porque nenhum método garante 100% de proteção.
Fonte: Bem-Estar
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