11 de maio de 2018

Lição 07 - Deus espera de nós uma resposta: Adultos - Betel

Texto Áureo
   Hebreus 4.2
Porque também a nós foram pregadas as boas-novas, como a eles, mas a palavra da pregação nada lhes aproveitou, porquanto não estava misturada com a fé naqueles que a ouviram.

Verdade Aplicada
Nossas respostas e atitudes para com Deus precisam estar de acordo com a Sua Palavra, que nos revela o que Ele espera de nós.

Objetivos da Lição
Ensinar que o homem foi criado por Deus e para Deus;
Enfatizar que a atitude humana precisa estar de acordo com a revelação de Deus;
Refletir sobre três respostas que Deus espera do ser humano.


Glossário
Autossuficiência: Autonomia, independência;
Pagão: Que não é cristão;
Transcender: Ser superior a; ir além de.

Leituras complementares
Resultado de imagem para A oferta de manjares
Segunda Lc 13.6-9
Terça Rm 1.18-21
Quarta Rm 10.16-21
Quinta Rm 11.33-36
Sexta Hb 4.1-2, 11
Sábado Hb 11.6

Textos de Referência.
  Gênesis 3.8-9 8 E ouviram a voz do Senhor Deus, que passeava no jardim pela viração do dia; e escondeu-se Adão e sua mulher da presença do Senhor Deus, entre as árvores do jardim.
9 E chamou o Senhor Deus a Adão e disse-lhe: Onde estás? 

  Isaías 5.1-2
1 Agora, cantarei ao meu amado o cântico do meu querido a respeito da sua vinha. O meu amado tem uma vinha em um outeiro fértil.
2 E a cercou, e a limpou das pedras, e a plantou de excelentes vides; e edificou no meio dela uma torre, e também construiu nela um lagar; e esperava que desse uvas boas, mas deu uvas bravas.

Hinos sugeridos.
Harpa cristã: 166



Harpa cristã: 303



Harpa cristã: 419
Motivo de Oração
Ore para que o homem encontre em Deus as respostas de que precisa.

Esboço da Lição
Introdução
1. Por Deus e para Deus.
2. A importância da atitude humana.
3. Respostas ou atitudes do ser humano
Conclusão

Introdução
Fomos criados para vivermos em comunhão com Deus. Porém o pecado distanciou o homem do Seu Criador. Então, o senhor tomou a iniciativa para restaurar esta comunhão. Como o ser humano tem reagido a esta ação divina?

1. Por Deus e para Deus.

Deus é o Criador de todas as coisas (Gn 1.1). Ele é o Princípio, a Causa, a Fonte de tudo o que existe. Contudo, no momento da criação do ser humano, Deus o distingue de todos os demais seres criados (Gn 1.26; 2.7). O homem foi criado à imagem de Deus, com capacidade de relacionamento com o Senhor e constituído como mordomo da criação de Deus (Sl 8). “Porque dele, e por ele, e para ele...” (Rm 11.36).
1.1. A revelação de Deus.
O Senhor Deus sempre transcenderá a capacidade intelectual do ser humano. Só é possível conhecermos Deus porque Ele decidiu Se revelar. Ao criar o homem e a mulher. Ele falou com eles, os abençoou e lhe deu instruções (Gn 1.28; 2.8, 25-17). É nítido na Bíblia o interesse de Deus em ser conhecido pela humanidade. O apóstolo Paulo fala sobre o perigo de se ter pensamentos equivocados a respeito de Deus (Rm 1.18-21). Por que razão surgiram tantas ideias erradas sobre Deus? Porque os homens rejeitaram o conhecimento acerca de Deus, que Ele próprio tornou acessível, fechando suas mentes.

O texto bíblico de Romanos 1.21 registra qual deveria ser a reação apropriada do ser humano diante da revelação de Deus pela natureza: glorificar a Deus e ser-Lhe grato. Além da natureza (Sl 19.1-4; Rm 1.19-20), Deus tem se revelado ao longo da história, falando diretamente com o ser humano (Gn 3.9; 4.6; 12.1), bem como por intermédio de profetas, de Jesus Cristo e da Sua Palavra (Jo 1.14; Rm 3.2; Hb 1.1). Como temos reagido à revelação de Deus?

1.2. Fomos criados para Deus.

Desde o livro de Gênesis é nítida a ênfase do persistente interesse de Deus em se relacionar com os seres humanos. Mesmo após colocar o homem no jardim do Éden e lhe dar instruções, o texto sagrado indica que o relacionamento do Criador com o ser humano permanecia por intermédio de contatos e observações divinas (Gn 2.18-21). No relato da queda do primeiro casal, a iniciativa de aproximação foi de Deus (Gn 3.8).

Deus não se aproximou com fogo, trovões e relâmpagos. Não produziu um som estridente e assustador. Em outras versões, a tradução é: “quando soprava o vento suave da tarde...ouviram a voz do Senhor...” (NTLH) ou “ouviram o som da movimentação do Senhor Deus, que estavam passeando pelo jardim...” (BKJ). O Senhor já estava sinalizando que estava se aproximando para ajudar. Mas, para ajudar, busca atrair primeiro: “Onde estás?” (Gn 3.9). O Senhor não o arranca do esconderijo, mas provoca uma reação ou resposta da parte do homem. Com misericórdia, graça e amor, o Senhor Deus continua chamando todos os seres humanos para que se voltem a Ele (2Co 5.19-20).

1.3. O exemplo das diferentes gerações de Israel.
Como estamos reagindo à iniciativa de Deus em conduzir-nos conforme Seus propósitos para nossa vida? Infelizmente, nem todos reagem ou respondem favoravelmente. Um exemplo bíblico dessa realidade são diferentes gerações de Israel: a que saiu do Egito, a que entrou e conquistou a Terra Prometida e a que se levantou após a geração de Josué e dos anciãos. As duas primeiras tinham promessas de Deus; testemunharam os milagres do Senhor; tinham líderes que viviam em profunda comunhão com Deus. O que as diferenciava foi a reação ao agir de Deus.

Os textos de 1 Coríntios 10.5 e Judas 5 não apenas registram o desagrado de Deus, mas, também, as causas. A terceira geração não observou os mandamentos e estatutos que Deus transmitiu por intermédio de Moisés e deixou o Senhor (Jz 2.12). Trata-se de um alerta para nós. O apóstolo Paulo exortou os membros da igreja em Corinto quanto ao que foi escrito sobre Israel: “para aviso nosso” (1Co 10.11). Como temos reagido à revelação e ao agir de Deus?

2. A importância da atitude humana.
É necessário que a atitude ou resposta humana esteja de acordo com a revelação de Deus, como se encontra na Bíblia, nossa regra de fé e conduta. Por isso o princípio bíblico, visto no tópico anterior, nos mostra que a iniciativa é de Deus e que Ele estabeleceu condições e instruções quanto ao relacionamento do ser humano com Ele (Êx 8.27).

2.1. Não é qualquer atitude que Deus aceita.
Não é de qualquer maneira ou baseados tão somente no nosso conhecimento e criatividade que nossas atitudes ou respostas para Deus serão aceitas por Ele. Vide o exemplo de Caim, considerado o primeiro ato de adoração registrado na história humana, pois, antes de Abel, foi ele que teve a iniciativa de apresentar uma oferta ao Senhor. Contudo, Deus não atentou para ele e para sua oferta (Gn 4.3-5). A reação de Caim demonstrou desinteresse em conhecer os motivos de Deus para não o aceitar, mesmo depois de o Senhor ter falado com ele (Gn 4.5-7).

Os textos do Novo Testamento indicam que a vida de Caim não condizia com a de um adorador (1 Jo 3.12; Jd 11). O escritor aos Hebreus registra a diferença entre os irmãos, não na oferta em si, mas na atitude: “Pela fé, Abel ofereceu a Deus...” (Hb 11.4). Aparentemente, ambas as oferendas demonstravam gratidão, ação de graças e devoção a Deus. Nenhuma oferta apresentada pelo ser humano a Deus é capaz de dispensar a fé. Pois sem fé é impossível agradar a Deus (Hb 11.6). Notar que o texto de Gênesis primeiro menciona a pessoa, depois a oferta (Gn 4.4-5).

2.2. O fracasso das tentativas humanas.
Encontramos, ainda, em Gênesis, o relato da construção de uma torre com os seguintes objetivos: tocar no céu; fazer um nome; e não ser espalhado (Gn 11.1-9). Um exemplo de seres humanos conscientes de suas próprias capacidades, dominados pelo orgulho e pela autossuficiência. Este acontecimento ilustra bem o pensamento de chegar ao céu pelos próprios esforços e recursos (Sl 49.6-8 – “seus recursos se esgotariam antes”); a busca pela glória humana (Ef 2.8-9); e a insubmissão aos planos de Deus (“para que não sejamos espalhados” – Gn 9.1-7; 11.4).

Quão diferente é o relato da torre de Babel da experiência de Jacó, quando, este viajava para Harã (Gn 28.10-17). Ele vê em sonho que uma “escada era posta na terra, cujo topo tocava os céus”. O Senhor Deus estava em cima dela e falou com Jacó. Uma linda demonstração da graça divina. A iniciativa é de Deus. Deus saiu ao encontro dele. É possível uma comunicação entre o céu e a terra? Sim, é possível, porque Deus quer e providencia o necessário. O próprio Jesus Cristo tomou esta figura e se apresenta como o verdadeiro e único acesso a Deus (Jo 1.51; 14.6).
2.3. A importância de seguir as instruções divinas.
Deus não apenas chamou Abraão, lhe fez promessas e o abençoou, más, também lhe deu mandamentos, estatutos, preceitos e leis (Gn 18.19; 26.5). Quando Deus enviou Moisés para libertar o povo de Israel do Egito, Faraó propôs a Moisés que o povo sacrificasse e adorasse a Deus na própria terra do Egito. A resposta de Moisés foi: “Deixa-nos ir...para que sacrifiquemos ao Senhor, nosso Deus, como ele nos dirá” (Êx 8.27). Por isso o povo teve que parar no Sinai e esperar até que as instruções divinas chegassem. A impaciência e rebeldia do povo levaram-no a adorar segundo padrões das outras nações (Êx 32.1-8).

Quando Davi tentou levar a arca de Deus para Jerusalém sem observar as instruções divinas, mesmo tendo boa vontade, alegria, louvores e união, o resultado foi morte e tristeza. Quando fizeram segundo a ordenança do Senhor, a arca chegou à cidade de Davi (1Cr 15.13, 15, 29). Nossa atitude para com Deus deve ser de acordo com as Suas instruções para nós, pois elas ensinam o que Deus espera de nós.
3. Respostas ou atitudes do ser humano.
Neste último tópico refletiremos sobre três respostas ou atitudes que Deus espera de todos que têm conhecido as boas novas de salvação. Evidentemente não se esgota o assunto, uma vez que o espaço não permite abordar outros aspectos. Que o Espírito Santo nos ajude a desfrutarmos de todas as bênçãos que o Senhor Deus tem para nós.
3.1. Fé como resposta para Deus.
A Bíblia registra que sem fé é impossível agradar a Deus (Hb 11.6). Não é crer apenas no início do relacionamento com Deus, mas até a nossa partida para a eternidade. Não é crer apenas em algumas circunstâncias, mas continuar crendo em qualquer situação. Foi o que faltou aos israelitas que pereceram no deserto e não entraram na Terra Prometida. O texto sagrado diz que a “pregação nada lhes aproveitou, porquanto não estava misturada com a fé naqueles que a ouviram.” (Hb 4.2). Viram as manifestações sobrenaturais na terra do Egito, testemunharam os acontecimentos no Sinai, desfrutaram da providência divina no deserto, porém não creram que o Altíssimo era poderoso para lhes dar vitória sobre os povos que habitavam em Canaã (Nm 13.31-33; 14.11).

Não faltou da parte de Deus: Palavra, sinais, provisão e promessa. Porém, faltou fé da parte do povo. O apóstolo Paulo, escrevendo aos romanos, lembra-lhes: “tu estás em pé pela fé” (Rm 11.20). Prossigamos na caminhada cristã, olhando sempre para Jesus, autor e consumador da fé (Hb 12.2). Devemos fixar os nossos olhos em Jesus Cristo, nosso maior e melhor exemplo de perseverança.
3.2. Obediência como resposta para Deus.
O texto bíblico de Romanos 10.16 enfatiza mais uma resposta necessária da parte humana: obediência. Na resposta humana a Deus, mais importante do que o ato de sacrificar em si, está a obediência (1Sm 15.22). A genuína fé conduz à obediência. A Bíblia relata: “Pela fé Abraão, sendo chamado, obedeceu...” (Hb 11.8). O povo de Israel, que no Egito e no deserto testemunhou a glória de Deus e os Seus sinais, deveria ter respondido a deus com obediência, porém, disse o Senhor: “não obedeceram à minha voz” (Nm 14.22).

Obediência é o que Deus espera de todo aquele que nasceu de novo, foi vivificado pelo Espírito Santo e tem conhecido a Palavra de Deus: “que ninguém caia no mesmo exemplo de desobediência.” (Hb 4.11). O apóstolo Paulo, exortando os tessalonicenses, escreve que assim como foram instruídos sobre como deveriam viver e agradar a Deus, assim deveriam andar, ou seja, obedecer, Praticar (1Ts 4.1). Não apenas conhecer, mas viver de acordo com o que sabemos acerca da vontade de Deus. Notemos as palavras de Jesus Cristo aos Seus discípulos: “Se sabeis estas coisas, bem-aventurados sois se a fizerdes.” (Jo 13.17).
3.3. Frutos como resposta para Deus.
Jesus Cristo disse: “vos nomeei, para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça” (Jo 15.16). Estamos frutificando? É interessante atentar para o texto bíblico de Isaías 5.1-7, que compara Israel a uma vinha que pertence a Deus e o cuidado e providência do Senhor para com Sua vinha. A seguir, o texto diz que Deus, o Senhor da vinha, “esperava que desse uvas boas, mas deu uvas bravas.” (Is 5.1-7) Ao contar a parábola da figueira estéril (Lc 13.6-9), Jesus mencionou que, apesar de todo o cuidado, o proprietário da figueira procurava fruto e não achava.

Usando o profeta Jeremias, Deus fala que plantou seu povo com semente pura e então pergunta: “como, pois, te tornaste para mim uma planta degenerada...?” (Jr 2.21). Os textos de João, Isaías, Lucas e Jeremias são textos que indicam o interesse, agir e providência de Deus para com aqueles que são chamados para formar o Seu povo e, assim frutificar. Deus espera que sejamos frutíferos. Para tanto, temos a Palavra de Deus, o Espírito Santo, a comunhão com a Igreja, o Corpo de Cristo, e o Sangue de Jesus, que nos purifica de todo pecado. É importante destacar que a parábola da figueira estéril, registrada por Lucas (Lc 13.6-9), é um alerta para atentarmos para os meios da graça e dos privilégios que temos desfrutado, pois o Senhor Deus tem sido longânimo.

Conclusão.
Quais têm sido nossas respostas e atitudes diante da ação e da Palavra do Senhor em nossa direção? Deus espera de nós uma resposta. Quanto mais reagimos positivamente ao agir de Deus em nós, mais recebemos dEle e prosseguimos no processo de aperfeiçoamento (Rm 8.29).

Questionário.
1. No relato da queda do primeiro casal, de quem foi a iniciativa de aproximação?
R: De Deus (Gn 3.8).


2. O que a reação de Caim demonstrou?
R: Desinteresse em conhecer os motivos de Deus para não o aceitar (Gn 4.5-7).


3. O que a Bíblia registra em Hebreus 11.6?
R: Que sem fé é impossível agradar a Deus (Hb 11.6).


4. Qual a resposta necessária da parte humana Romanos 10.16 enfatiza?
R: Obediência (Rm 10.16).


5. Ao contar a parábola da figueira estéril, o que Jesus mencionou?
R: Que, apesar de todo o cuidado, o proprietário da figueira procurava o fruto e não achava (Lc 13.6-9).









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através deste site.Almeida Revista eAtualizada
Bíblia Nova Tradução na Linguagem de Hoje, da Sociedade Bíblica do Brasil. através deste site.
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Aperfeiçoamento Cristão – Propósito de Deus para o discípulo de Cristo. Adultos, edição do professor, Comentarista Pastor Marcos Sant’Anna da Silva 2º trimestre de 2018, ano 28, Nº 107, publicação trimestral, ISSN 2448-184X.
Fonte: Das imagens acima-www.revista ebd.com.
Fonte: Revista de Escola Bíblica Dominical, Betel.

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