1 de junho de 2016

Noticia: Netanyahu se diz disposto a discutir com palestinos iniciativa de paz árabe

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse nesta segunda-feira que havia a possibilidade de se retomar uma iniciativa de paz árabe de 2002 que ofereceu a Israel o reconhecimento diplomático de países árabes em troca de um acordo para um Estado palestino.

As declarações de Netanyahu foram uma resposta formal a um discurso feito na semana passada pelo presidente do Egito, Abdel Fattah al-Sisi, que prometeu relações mais próximas com Israel se o país aceitasse os esforços para a retomada das negociações de paz.


"A iniciativa de paz árabe tem elementos positivos que podem ajudar na retomada de negociações construtivas com os palestinos”, disse Netanyahu, fazendo coro com declarações que ele deu há um ano para jornalistas israelenses.

"Nós estamos dispostos a negociar com os Estados árabes revisões naquela iniciativa para que ela reflita as mudanças drásticas na região desde 2002, mas mantenha o objetivo acordado de dois Estados para dois povos”, acrescentou ele.

As declarações foram também feitas em inglês num discurso que foi na maior parte em hebreu, algo que Netanyahu geralmente faz quando quer fazer um comunicado para a comunidade internacional.

Netanyahu falou momentos depois de o ultranacionalista Avigdor Lieberman ter tomado posse como novo ministro da Defesa de Israel e de a frágil coalizão de direita ter conquistado apoio vital no Parlamento.

Lieberman concordou, e o primeiro-ministro pareceu indicar que a chegada do novo ministro de extrema-direita não significa um fim para os esforços de paz com os palestinos.

O plano árabe original ofereceu reconhecimento total a Israel, mas somente se o país abrisse mão de todo o território tomado na guerra de 1967 e acordasse uma “solução justa” para os refugiados palestinos.

No entanto, em 2013, depois que os termos da iniciativa foram suavizados para incluir possíveis trocas de território entre israelenses e palestinos, Netanyahu sinalizou que estaria pronto para considerá-la.

Os palestinos dizem que a expansão dos assentamentos israelenses lhes nega o Estado que eles buscam na Cisjordânia ocupada, na Faixa de Gaza, com a capital no leste de Jerusalém.
Fonte: Reuters.


Leia também: Notícias.Com
Deixe o seu comentário
Compartilhar
Whatsapp
Tweet

Nenhum comentário:

Postar um comentário