Os agentes entraram na redação enquanto os jornalistas preparavam a edição deste sábado (05/03) do jornal, cuja manchete era "A Constituição em perigo".
A polícia lançou bombas de gás lacrimogêneo e usou canhões de água contra a multidão que se concentrava em frente à sede do Zaman, em protesto à intervenção do governo. Em seguida, os agentes escoltaram para o interior do edifício os funcionários públicos designados para gerir o jornal.
A organização Plataforma pela Liberdade dos Jornalistas denunciou a operação e disse que a nomeação de servidores públicos para administrar o veículo representa uma nova estratégia do governo de Erdogan para silenciar críticas no país.
Kemal Kilicdaroglu, líder do principal partido de oposição, o CHP, acusou Ancara de considerar como criminosos todos aqueles que não concordam com suas ações.
"A decisão de nomear administradores foi tomada por um grupo de juristas para servir às expectativas e ambições do AKP (partido governista fundado por Erdogan) e da presidência em violação da lei da liberdade de imprensa", disse Kilicdaroglu.
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