Em uma carta aos líderes da Câmara de Representantes e do Senado americano, Obama ressaltou que é "necessário continuar a emergência nacional declarada na ordem executiva 13.692 a respeito da situação na Venezuela".
Equivalente a um decreto presidencial, o texto foi firmado por Obama em 8 de março de 2015.
A situação na Venezuela "não melhorou" desde então, justificou a nota firmada por Obama.
Segundo a Casa Branca, o governo venezuelano continua a "erosão dos direitos humanos", "perseguição de opositores políticos, limitação à liberdade de imprensa, uso de violência e violações aos direitos humanos em resposta a protestos contra o governo".
Os manifestantes opositores são detidos de maneira "arbitrária" e existe uma "irritante presença de significativa corrupção" no governo, acrescentou o presidente americano.
A decisão de Obama coincide com um clima de crise política e institucional agravada na Venezuela, depois de uma sentença do mais importante órgão do Judiciário reduzindo os poderes do Parlamento. Desde janeiro deste ano, a Casa é controlada pela oposição.
Classificando a situação na Venezuela de "ameaça" para os Estados Unidos e com sanções contra sete funcionários de Caracas, o decreto firmado por Obama despertou indignação no governo socialista e em países vizinhos e motivou uma campanha internacional de assinaturas para pedir sua derrogação.
No ano passado, o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, e membros do chavismo se reuniram com o diplomata americano Thomas Shannon na tentativa de normalizar as relações entre os dois países. Desde 2010, ambas as capitais estão sem os respectivos embaixadores.
Sem avanços diplomáticos evidentes, Maduro manifestou, há duas semanas, seu desejo de que Obama ponha fim às sanções para possibilitar uma nova etapa de diálogo bilateral.
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