Em discurso televisionado, Nasrallah garantiu que esta medida tomada pelos seis países do CCG é uma reação à "resistência" mantida por seu grupo contra Israel e acusou estes Estados, com a Arábia Saudita à frente, de apoiar Israel.
Sobre Riad, declarou que "o regime saudita é o primeiro que conspira contra qualquer governo ou Exército árabe que quer lutar contra Israel e devolver a dignidade árabe".
Além disso, expressou que as recentes decisões tomadas pela Arábia Saudita contra o Líbano e o Hezbollah refletem a "raiva" de Riad perante seu "fracasso" na Síria e no Iêmen onde, na sua opinião, pretende derrubar o regime de Bashar al Assad e os rebeldes houthis, respectivamente.
Em fevereiro, a Arábia Saudita anunciou a suspensão da ajuda militar ao Líbano, que alcança os US$ 4 bilhões, depois que este país não condenou os ataques contra duas sedes diplomáticas sauditas no Irã.
Além disso, Nasrallah responsabilizou hoje as operações militares lideradas pela Arábia Saudita no Iêmen contra os rebeldes xiitas e o apoio de Riad à oposição na Síria da ascensão dos grupos jihadistas nestes dois países.
Em seu discurso, o líder do Hezbollah justificou a intervenção de suas milícias na Síria e no Iraque assegurando que ocorreram em resposta a pedidos dos governos de ambos países para que participasse da lutar contra o EI.
A decisão das monarquias árabes do Golfo de incluir as milícias do Hezbollah na lista de formações terroristas foi anunciada na quarta-feira passada depois que o líder do Hezbollah acusou a Arábia Saudita de atuar para provocar "dissensões entre sunitas e xiitas".
O CCG, formado pela Arábia Saudita, os Emirados Árabes Unidos, Catar, Kuwait, Omã e Bahrein, justificou esta decisão pelas "contínuas ações hostis realizadas pelos membros destas milícias para recrutar jovens dos países do CCG para lançar operações terroristas".
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