A lista de "resultados graves" encontrada no estudo de mulheres grávidas no Rio de Janeiro, publicada no New England Journal of Medicine nesta sexta-feira, incluiu morte fetal, calcificação do cérebro, insuficiência placentária com baixo ou nenhum líquido amniótico, restrição no crescimento fetal e danos ao sistema nervoso central, incluindo potencial cegueira.
"Eram mulheres infectadas no primeiro e no segundo trimestres de gravidez", disse a Dra. Karin Nielsen, principal autora do estudo, em entrevista por telefone.
"Nós também vimos problemas no último trimestre, o que foi surpreendente para nós", acrescentou Nielsen, citando dois casos de morte fetal no fim de gestações em que não havia nenhum sinal de malformação cerebral em exames de ultra-som.
"Nós encontramos uma forte ligação entre o Zika e resultados adversos na gravidez, que não foram documentados antes", afirmou Nielsen, professora de pediatria clínica na David Geffen School of Medicine na UCLA. "Mesmo que o feto não tenha sido afetado, o vírus parece danificar a placenta, o que pode levar à morte do feto."
A infecção por Zika tem sido associada a vários casos de microcefalia em recém-nascidos no Brasil. Nielsen disse que a microcefalia pode ser uma das muitas anormalidades para o que ela se referiu como síndrome congênita do Zika vírus.
Nenhum comentário:
Postar um comentário