Ao se apresentar no programa de televisão do apresentador John Batchelor, Cohen disse que essa “absurda” decisão representa uma tentativa deliberada em provocar a Rússia para medidas de retaliação.
Nas palavras do especialista, os planos da administração do presidente norte-americano para promover uma contínua militarização da Europa significar que os países que fazem fronteira com a Rússia receberão grandes quantidades de armamentos pesados. Além disso, em seus territórios será criada plena unidade de combate com constante rotação de tropas.
“Isso é inédito. Em toda a nossa história nós nunca colocamos nossas forças armadas tão próximo às fronteiras russas. Durante a Guerra Fría a nossa presença militar terminava em Berlin Ocidental. E agora nós estamos bem em cima das fronteiras russas” – explicou Cohen.
“Tudo isso é feito supostamente por causa da agressão russa. Mas que é o agressor realmente? A Rússia não enviou seus armamentos para as fronteiras da OTAN” – destacou o especialista.
Na sua opinião, a reação de Moscou será calma e ponderada: ela irá simplesmente posicionar suas forças próximo às fronteiras ocidentais. O resultado será uma situação em que armamentos pesados da Rússia e da OTAN estarão posicionados frente à frente.
“Não se trata ainda da crise caribenha, mas nós chegaremos a isso” – alerta Cohen.
Do ponto de vista do historiador, a situação entre Moscou e OTAN está ficando ainda mais perigosa por causa de Washington do que nos tempos da Guerra Fria. Naquele tempo, as forças da aliança nunca estiveram tão próximas à Rússia. Dessa forma, a ameaça de um conflito direto aumenta proporcionalmente à quantidade de potenciais provocações.
Falando nessas provocações, Cohen abordou o tema das últimas ações de Kiev e Ancara. Na sua opinião, o presidente ucraniano Pyotr Poroshenko simplesmente “cuspiu no rosto de Angela Merkel” ao se declarar pronto para seguir os Acordos de Minsk, e depois postergar a sua implementação (provavelmente o especialista se referiu à decisão do parlamento ucraniano em prorrogar em meio ano a aprovação de emendas constitucionais sobre o estatuto especial de Donbass).
Junto a isso, nas palavras de Cohen, Ancara está novamente acusando a Rússia de violar o seu espaço aéreo sem apresentar quaisquer provas. Ele acredita que a Turquia está deliberadamente tentando provocar um conflito com Moscou, atraindo o país para uma confrontação direta com a OTAN. Por sua vez, a aliança poderia obrigar a Turquia em abrir mão dessas provocações, mas, no entanto, isso não acontece.
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Fonte: Sputnik.
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