"Há 70 mil pessoas vivendo agora nos acampamentos ao longo da fronteira. Se as operações militares continuarem assim, em breve chegarão outros 70 mil", advertiu o chefe do governo em um discurso perante o grupo parlamentar de seu partido, o islamita AKP.
Os deslocados escapam da violência no norte de Aleppo, onde o Exército sírio iniciou há uma semana uma ofensiva para recuperar o controle de várias populações, com o apoio da aviação russa.
Davutoglu denunciou que "90% das bombas russas estão caindo sobre civis" e garantiu que o país está fazendo igual quando o Exército soviético invadiu o Afeganistão e depois teve que se retirar.
O jornal "Hürriyet" afirma hoje que só nos três últimos dias cerca de 59 mil pessoas chegaram até o lado sírio da passagem fronteiriça de Öncüpinar, embora as autoridades temam que a onda de refugiados possa se multiplicar por dez.
"O que poderia ocorrer no pior dos casos nesta região a curto prazo seria um novo fluxo de 600 mil refugiados rumo à fronteira turca", advertiu ontem pela noite o vice-primeiro-ministro turco, Numan Kurtulmus.
A Turquia administra há muito tempo oito acampamentos de tendas de campanha em solo sírio, que com esta nova onda de refugiados atingiu sua capacidade.
A agência estatal de gestão de emergências (AFAD) prepara-se para receber cerca de 100 mil pessoas em 26 zonas de amparo em solo turco, no caso de Aleppo cair em mãos das forças do presidente sírio Bashar al Assad, informa o "Hürriyet".
Segundo o jornal "Milliyet", o Exército sírio tomou a cidade de Keffin, ao norte de Aleppo, e suas forças estão já a 25 quilômetros da fronteira turca.
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