O Ministério da Justiça arquivou o procedimento de investigação aberto para apurar possíveis irregularidades na intimação de Luís Cláudio Lula da Silva, filho caçula do ex-presidente Lula e investigado na Operação Zelotes. O governo não encontrou irregularidades no fato de Luís Cláudio ter sido intimado às 23 horas, em outubro, a prestar depoimento sobre o esquema de compras de medidas provisórias. Na época, o ministro da Justiça havia classificado o fato de ele ter sido notificado tarde da noite como “fora do procedimento usual”.
A solicitação do ministro ocorreu depois de a defesa de Luís Cláudio se queixar do procedimento da PF. Inicialmente, os agentes da PF estiveram em um endereço no município de São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, que seria a residência de Luís Cláudio para intimá-lo. Depois, eles se dirigiram aos Jardins e localizaram o filho do ex-presidente no final da noite de 27 de outubro.
Luís Cláudio é dono das empresas LFT Marketing Esportivo e Touchdown. A Operação Zelotes passou a investigar a LFT Marketing Esportivo por ela ter recebido 2,4 milhões de reais de uma das consultorias suspeitas de fazer lobby pela edição da Medida Provisória 471, que prorrogou benefícios fiscais de montadoras de veículos. Em uma das frentes de apuração, a PF investiga as suspeitas de que a MP, editada em 2009, no governo Lula, tenha sido negociada por meio de lobby e de corrupção para favorecer montadoras. Empresas do setor teriam negociado pagamentos de até 36 milhões de reais a lobistas para conseguir do Executivo um “ato normativo” que estendesse incentivos fiscais de 1,3 bilhão de reais por ano, segundo as investigações.
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Fonte: Veja
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