"A realidade no local [Iraque] é sombria e desoladora. Nos conflitos de todo o mundo, um grande número de civis é assassinado deliberadamente ou por negligência, além de serem mutilados, torturados e sequestrados. A violência sexual é assustadora", declarou o vice-secretário-geral da ONU, Jan Eliasson. A agência da ONU classificou as ações do EI como "um possível genocídio".
Eliasson destacou o crescimento dos ataques contra escolas e hospitais, além das mortes em massa com o uso de explosivos. De acordo com dados da ONU, 92% das vítimas de ataques com explosivos em 2014 eram civis. Nesta terça-feira, o Conselho de Segurança da ONU fez uma reunião especial para tratar sobre o conflito no Iraque.
Segundo o relatório do, "as vítimas incluem aqueles que se opõe ao EI, assim como pessoas ligadas ao Governo [iraquiano], como membros das forças de segurança, policiais e funcionários públicos; profissionais como advogados, médicos e jornalistas; e líderes religiosos". O órgão chamou atenção ainda para as execuções públicas, amputações e apedrejamentos.
"Todos vimos a horrível realidade em Madaya, na Síria, onde milhares de pessoas viram negado o acesso à comida e ao tratamento médico por meses, provocando uma crise de fome e morte. Lembremos que Madaya é, infelizmente, apenas um lugar onde isso está ocorrendo", disse Eliasson.
Representantes do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) e da ONG internacional Oxfam também discursaram na reunião e reforçam as denúncias sobre a situação dos civis nos conflitos.
"Duas de cada três mulheres, homens e crianças com os quais trabalhamos em crises humanitárias são afetados pela violência e o conflito", disse a assessora de políticas humanitárias da Oxfam, Eveline Rooijmans. O CICV declarou que atendeu 40 milhões de pessoas ao redor do mundo durante 2015, o número mais alto da história da organização.
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