18 de janeiro de 2016

Noticia: Acordos: pena de delatores da Lava Jato cai de 283 para 7 anos

Na opinião do juiz do caso Sérgio Moro e dos membros da força-tarefa da Lava Jato, os acordos de delação premiada são indispensáveis para as investigações

Juntas, as penas atribuídas por Sérgio Moro para 13 dos delatores da Operação Lava Jato somam 283 anos e 9 meses de reclusão. No entanto, de acordo com a ‘Folha de S. Paulo’, os acordos firmados com a Justiça podem reduzir esse tempo para, no máximo, 6 anos e 11 meses em regime fechado, somando-se todas as penas.

Isso porque Augusto Mendonça e Julio Camargo, ex-executivo e ex-consultor da Toyo Setal, respectivamente, estão cumprindo em regime aberto os noves anos a que foram condenados. Além disso, eles estão sem a tornozeleira eletrônica.


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A reportagem do jornal se baseou em dados divulgados no fim de 2015 por Moro. Ele considera somente os processos em que o juiz já decretou as sentenças. Na opinião de Moro e dos membros da força-tarefa da Lava Jato, os acordos de delação premiada (que foram os responsáveis pela diminuição significativa da pena) são indispensáveis para as investigações: “Nos acordos de colaboração, o princípio é de que se troca um peixe por um cardume, ou um peixe pequeno por um peixe grande”, ressalta o procurador da República Deltan Dallagnol. “As colaborações são feitas para alcançar provas em relação a diversas outras pessoas, incluindo criminosos com atuação mais relevantes no crime, e para recuperar o dinheiro desviado”, continua ele.

Dallagnol afirma que os cerca de 40 acordos feitos permitiram acusações criminais contra 179 pessoas por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Fonte: Folha de S. Paulo

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