30 de dezembro de 2015

Notícia: Ataque aéreo na Síria mata chefe do EI ligado aos atentados de Paris

A coalizão liderada pelos Estados Unidos matou dez comandantes do Estado Islâmico (EI) na semana passada com ataques aéreos específicos, entre eles indivíduos ligados aos atentados cometidos em Paris em novembro, confirmou um porta-voz do Pentágono nesta terça-feira (29). “Os terroristas tinham planos de continuar atacando o Ocidente”, disse Steve Warren, coronel do Exército dos EUA e porta-voz da campanha militar encabeçada pelos americanos contra o grupo radical.

Uma ofensiva aérea da coalizão realizada em 24 de dezembro na Síria matou Charaffe Mouadan, membro do EI sediado em solo sírio diretamente ligado a Abdelhamid Abaaoud, que é apontado como o principal mentor das explosões e disparos coordenados em Paris no dia 13 de novembro que deixaram 130 mortos. Mouadan estava envolvido em planos de novos ataques contra o Ocidente, afirmou o porta-voz.

Ele seria amigo de um dos terroristas que atacou a casa de espetáculos Bataclan, Samy Amimour, e teria partido para a Síria em agosto de 2013, quando foi indiciado na França. Mouadan nasceu em 15 de outubro de 1989 de pais marroquinos em Bondy, no nordeste de Paris. Foi em Drancy, cidade também próxima da capital francesa, que ele passou sua juventude e foi preso em outubro de 2012, quando se preparava para partir com dois amigos para Iêmen ou Afeganistão via Somália. O trio se radicalizou na internet e Mouadan teve aulas de tiro esportivo em um clube em Paris.

Outro dos terroristas mortos era Abdul Qader Hakim, que facilitou as operações externas dos jihadistas e tinha laços com a rede que cometeu os atentados na capital francesa, segundo Warren. Ele foi morto na cidade de Mosul, no norte do Iraque, no dia 26 de dezembro.

O efeito dos ataques aéreos contra a liderança do EI pode ser medido pelos êxitos recentes nas frentes de batalha, declarou Warren. Nesta semana o Exército iraquiano obteve sua primeira vitória contra os militantes sunitas extremistas recapturando a cidade de Ramadi, tomada pelo Estado Islâmico em maio. “Parte destes sucessos pode ser atribuída ao fato de que a organização está perdendo sua liderança”, disse Warren.


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Fonte: Veja

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