Israel respondeu com ataque de artilharia contra posições do Exército sírio nas colinas de Golã, na noite deste domingo (27), em resposta a disparos de foguetes procedentes da Síria, informou o porta-voz do exército israelense, Peter Lerner. “Israel não vai tolerar nenhuma violação de sua soberania. O Exército sírio é responsável e deve prestar contas por qualquer agressão que provenha de seu território”, afirmou Lerner, em um comunicado.
Os foguetes, disparados da Síria, no sábado e no domingo, não causaram vítimas ou danos materiais. O Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), ONG que dispõe de uma ampla rede de informação na Síria, anunciou “que pelo menos três dos quatro foguetes israelenses atingiram um edifício militar do regime sírio” em Saryeh, na província de Quneitra.
Desde o início da guerra civil síria, em 2011, a situação no Golã se tornou muito tensa, com muitos foguetes lançados contra Israel, o que provoca a reação do Estado hebraico. Israel ocupou 1.200 quilômetros quadrados nas colinas de Golã durante a guerra dos Seis Dias, em 1967, que posteriormente anexou ao seu território, o que não é reconhecido pela comunidade internacional.
Bashar Assad
Os dois fiéis aliados da Síria, Rússia e Irã estão conseguindo impor aos países ocidentais sua estratégia de fazer da luta contra os jihadistas na Síria uma prioridade absoluta, mantendo no cargo o ditador Bashar Assad. O presidente russo Vladimir Putin, que vai se reunir nesta segunda-feira, em Nova York, com o colega americano Barack Obama, revelou que pretende trabalhar junto com os americanos para construir uma nova coalizão e combater o grupo Estado Islâmico (EI).
A conversa com Obama, em Nova York, também terá como pano de fundo o aumento da presença russa na Síria e seu ativismo diplomático neste tema. O chefe do Kremlin é um dos dirigentes mais aguardados na Assembleia Geral da ONU, nesta segunda-feira, onde fará um discurso no qual, segundo previsões, defenderá seu aliado sírio e revelará seu plano da nova coalizão ampliada para combater o EI.
As iniciativas russas preocupam os Estados Unidos e seus aliados europeus, que parecem estar cada vez mais obrigados a reagir diante das ações de Moscou, em um momento em que sua própria estratégia militar contra o EI parece patinar. “Estamos tentando compreender quais são as intenções da Rússia e da Síria e de tentar ver se há uma forma de encontrar uma saída benéfica”, admitiu, neste domingo, um alto funcionário do Departamento de Estado americano.
Deixe o seu comentário
Fonte: Veja
Nenhum comentário:
Postar um comentário