28 de agosto de 2015

Notícia - EUA: supermercado vai parar de vender fuzis e outras armas

A rede varejista Walmart anunciou nesta quinta-feira (27) que deixará de vender fuzis automáticos e armas semiautomáticas em suas lojas nos Estados Unidos. De acordo com um porta-voz da empresa, os artefatos serão removidos das prateleiras em até duas semanas. O anúncio chega um dia depois do assassinato de uma repórter e de um cinegrafista durante uma transmissão ao vivo no estado americano de Virginia.

Na quarta-feira, um homem fantasiado de ‘Rambo’ matou duas pessoas na cidade de Sunset, na Louisiana. Diante dos acontecimentos, o presidente americano, Barack Obama, voltou a criticar a venda de armas no país e disse que é preciso um controle maior. “O número de pessoas que morrem nos Estados Unidos por causa de armas de fogo é muito superior às vítimas do terrorismo. Estou com o coração dilacerado”, disse o chefe de Estado.

Maior vendedor de armas e munições dos EUA, o Walmart, porém, negou que seja uma decisão política e ressaltou que a companhia já tinha discutido alterar seu modelo de comercialização há meses, diante de uma redução da demanda. “É parecido com o que fazemos com qualquer produto, apesar desse caso chamar um pouco mais de atenção. Mas é o mesmo processo”, comentou Kory Lundberg.

Nos últimos anos, acionistas do Walmart pressionaram os executivos da empresa a reconsiderarem a política de venda de alguns produtos, entre eles o rifle Bushmaster AR-15, usado em massacres como o da escola Sandy Hook, em Connecticut, e o do cinema de Aurora, no Colorado.

Mas, de forma geral, as vendas de armas nos Estados Unidos ainda continuam em alta. O FBI conduziu 1.6 milhões de checagens de antecedentes criminais no mês de julho, relacionadas a todas as vendas de armas. Essa verificação de antecedentes não são indicadores diretos para análise das vendas de armas, já que não são obrigatórios em algumas feiras ou em vendas entre duas pessoas, porém servem para analisar o comportamento do mercado.

Igreja processa supermercado

No início desde ano, uma igreja de Nova York, a Trinity Wall Street Church, entrou com uma ação contra o Wal-Mart, após a rede de supermercados rejeitar uma proposta da igreja que pedia a diminuição das vendas de armas de fogo no varejo.

No final de dezembro de 2013, a Trinity Church apresentou uma proposta ao Wal-Mart sobre as formas de coibir a venda de produtos que “põem em risco a segurança pública e bem-estar social”, “têm o potencial substancial para prejudicar a reputação de [Wal -Mart]”, ou “seriam razoavelmente considerados por muitos, ofensivos à família e aos valores integrais da comunidade”. O supermercado entrou com um pedido junto à Securities and Exchange Commission (SEC) para excluir a proposta, o que levou a igreja a abrir um processo contra a empresa.
Fonte: Veja e TCP

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