Uma embarcação em que viajavam centenas de imigrantes naufragou na manhã desta quarta-feira (5) ao norte da Líbia. A Guarda Costeira italiana informou que 400 migrantes foram resgatados, mas ao menos 25 pessoas foram encontradas mortas. A organização Médicos Sem Fronteiras estima que até 700 pessoas poderiam viajar no barco e teme que haja “muitas vítimas mortais”. A operação de resgate continua em andamento.
Foram os próprios imigrantes que enviaram o sinal de socorro à Guarda Costeira da região da Catânia, no sul da Itália, que transmitiu o aviso à central de operações em Roma. Da capital, os socorristas avistaram a embarcação e mobilizaram os dois navios mais próximos, o L.E.Niamh da Marinha da Irlanda, pertencente ao dispositivo comunitário Tritón, e o Dignity I, da Médicos Sem Fronteiras. O primeiro a chegar foi o navio irlandês, que levou duas embarcações menores até o barco dos migrantes para que chegassem mais rápido.
Os passageiros ficaram nervosos ao ver que as duas lanchas de salvamento se aproximando e, possivelmente, fizeram o seu barco afundar porque se amontoaram num dos lados. Ante o pedido de reforço do navio irlandês, chegaram três outros barcos da Guarda Costeira e três da Marinha italiana, que neste momento tentam resgatar as vítimas.
Mais de 2.000 imigrantes já morreram este ano enquanto atravessavam o Mediterrâneo tentando chegar à Europa, segundo a Organização Internacional para as Migrações (OIM). A cifra supera em 400 a registrada no mesmo período do ano passado. A maioria morreu no canal da Sicília, que liga a Líbia à Itália. Essa é a rota mais perigosa.
Fonte: El País
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