A explosão de um carro-bomba na frente de um hotel deixou pelo menos doze mortos neste domingo (26) em Mogadíscio, capital e maior cidade da Somália. Com isso, subiu para 45 o total de vítimas de uma série de atentados que abalaram o continente africano neste final de semana.
Outras dezenove pessoas morreram em razão do ataque suicida de uma mulher-bomba em Maroua, no norte de Camarões, no final da noite de sábado (25). Na manhã de domingo, a tragédia se repetiu na Nigéria: catorze pessoas morreram e outras 50 ficaram feridas após o ataque de mais um terrorista suicida a um mercado da cidade de Damaturu, capital do Estado de Yobe.
Embora nenhuma organização tenha reivindicado a autoria até o momento, tanto o atentado em Camarões quanto aquele que atingiu a Nigéria seguem o padrão das ações do grupo radical islâmico Boko Haram. Registrado nas cercanias de um bar movimentado, o ataque em Camarões ocorreu apenas três dias depois de outros dois que as autoridades também acreditam estar ligados ao Boko Haram. A cidade de Maroua fica próxima da fronteira com a Nigéria e é base de ações militares conjuntas dos dois países contra o grupo.
O atentado em território nigeriano aconteceu poucas horas depois, já na manhã de domingo. O terrorista suicida detonou seus explosivos na entrada de um mercado, segundo relatou à Agência Efe uma testemunha do ataque, que conseguiu contar 14 corpos. “A explosão foi tão forte que sacudiu os edifícios da região”, disse Asabe Abukabar, que mora perto do mercado e cujo edifício foi afetado pela detonação.
Nos últimos meses o grupo terrorista Boko Haram recorreu aos atentados em mercados, locais de culto e estações de ônibus para prosseguir sua campanha de terror no nordeste da Nigéria, onde procura implantar um califado islâmico. O exército classifica estes locais de “alvos fáceis”, que o grupo ataca para continuar matando após perder terreno perante o avanço dos militares nigerianos e da força multinacional de países vizinhos. Desde o último dia 29 de maio, quando o novo presidente da Nigéria, Muhammadu Buhari, tomou posse de seu cargo, a milícia fundamentalista matou mais de 500 pessoas.
No caso do atentado na Somália, a autoria foi reivindicada por outro grupo radical islâmico, o Shabab. Os terroristas divulgaram que o ataque ao hotel Jazeera Palace, localizado nas proximidades do aeroporto de Mogadíscio e muito utilizado por diplomatas estrangeiros, teria sido uma retaliação à morte de civis em ações do exército somali.
Fonte: Veja
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