As conclusões de dois dias de reunião em Madri do Comitê Contra o Terrorismo do Conselho de Segurança da ONU não deram grandes manchetes. Apesar da determinação mostrada pelo francês Jean Paul Laborde, diretor executivo do mencionado órgão internacional, ao anunciar: “Chegou o momento de agir”, os resultados de dois dias de reuniões ainda são pouco concretos e as possíveis ações não foram definidas. O presidente do Governo da Espanha, Mariano Rajoy, entretanto, deixou claro que “a Espanha está na linha de frente do combate contra o terrorismo”.
Em Madri, transformada em “capital mundial contra o terrorismo” – como disse o ministro do Interior, Jorge Fernández Díaz – compareceram “48 representantes de ministérios de todo o mundo e mais de 400 especialistas participantes” para abordar o espinhoso e complexo assunto do fluxo de combatentes terroristas estrangeiros – entre 25.000 e 30.000 – que se uniram ao Daesh (acrônimo em árabe do Estado Islâmico). “Não é possível o diálogo com os movimentos terroristas totalitários”, resumiu José Manuel García-Margallo, ministro dos Assuntos Exteriores espanhol, que lembrou que a Espanha lidera a proposta de criar uma Corte Penal Internacional contra o terrorismo que “impeça a impunidade dos terroristas” que será debatida em outubro.
Laborde falou sobre as medidas mais práticas que podem ser adotadas, e reconheceu que é preciso aumentar a rapidez e a agilidade da resposta contra os jihadistas, mas se limitou a insistir na criação de ferramentas e sistemas de controle nos movimentos de passageiros (mediante registros nacionais de viajantes) e na importância do envolvimento das empresas que gerem redes sociais como o Facebook, Google e Twitter. Segundo os últimos dados, já são 46.000 as contas do Twitter ligadas ao Daesh.
Os dados globais falam que entre 25.000 e 30.000 pessoas podem ter se unido às hostes do Estado Islâmico procedentes de todo o mundo. Segundo os números mostrados na segunda-feira pelo ministro do Interior, Jorge Fernández Díaz, os corpos e forças de segurança do Estado espanhóis detectaram um total de 126 terroristas combatentes que viajaram às regiões de conflito. Destes, 25 estariam mortos – “imolados ou em combate” –, 15 estariam em prisões espanholas, outros esperando resoluções judiciais em algum país europeu e 61 permaneceriam livres, dez deles dentro das fronteiras espanholas. Desde 2004, foram realizadas 124 operações na Espanha contra o terrorismo internacional com um total de 568 detidos. E, desde o final de 2011, foram 38 operações com um total de 104 detidos. Nas prisões espanholas existem 80 pessoas condenadas por crimes relacionados ao terrorismo jihadista.
Um rascunho de 15 pontos foi o documento final dessa reunião extraordinária. Sendo mais uma declaração de intenções do que outra coisa, servirá de preâmbulo para sucessivas reuniões do Conselho de Segurança na sede das Nações Unidas em Nova York. Condenação e determinação na luta contra o terrorismo, preocupação especial com o fenômeno dos combatentes terroristas estrangeiros – objetivo do debate desse encontro –, reafirmação da resolução 2178 que pede o desenvolvimento de mecanismo judiciais e legais que permitam combater os extremismos violentos com a utilização da lei, atenção especial às fórmulas de financiamento desses grupos pelo crime organizado e ao uso das novas tecnologias e das redes sociais para difundir sua propaganda e recrutar novos membros, reconhecimento das vítimas e difusão de seu relato que deslegitima o dos radicais, e a realização de encontros interculturais e religiosos.
Fonte: El País
Em Madri, transformada em “capital mundial contra o terrorismo” – como disse o ministro do Interior, Jorge Fernández Díaz – compareceram “48 representantes de ministérios de todo o mundo e mais de 400 especialistas participantes” para abordar o espinhoso e complexo assunto do fluxo de combatentes terroristas estrangeiros – entre 25.000 e 30.000 – que se uniram ao Daesh (acrônimo em árabe do Estado Islâmico). “Não é possível o diálogo com os movimentos terroristas totalitários”, resumiu José Manuel García-Margallo, ministro dos Assuntos Exteriores espanhol, que lembrou que a Espanha lidera a proposta de criar uma Corte Penal Internacional contra o terrorismo que “impeça a impunidade dos terroristas” que será debatida em outubro.
Laborde falou sobre as medidas mais práticas que podem ser adotadas, e reconheceu que é preciso aumentar a rapidez e a agilidade da resposta contra os jihadistas, mas se limitou a insistir na criação de ferramentas e sistemas de controle nos movimentos de passageiros (mediante registros nacionais de viajantes) e na importância do envolvimento das empresas que gerem redes sociais como o Facebook, Google e Twitter. Segundo os últimos dados, já são 46.000 as contas do Twitter ligadas ao Daesh.
Os dados globais falam que entre 25.000 e 30.000 pessoas podem ter se unido às hostes do Estado Islâmico procedentes de todo o mundo. Segundo os números mostrados na segunda-feira pelo ministro do Interior, Jorge Fernández Díaz, os corpos e forças de segurança do Estado espanhóis detectaram um total de 126 terroristas combatentes que viajaram às regiões de conflito. Destes, 25 estariam mortos – “imolados ou em combate” –, 15 estariam em prisões espanholas, outros esperando resoluções judiciais em algum país europeu e 61 permaneceriam livres, dez deles dentro das fronteiras espanholas. Desde 2004, foram realizadas 124 operações na Espanha contra o terrorismo internacional com um total de 568 detidos. E, desde o final de 2011, foram 38 operações com um total de 104 detidos. Nas prisões espanholas existem 80 pessoas condenadas por crimes relacionados ao terrorismo jihadista.
Um rascunho de 15 pontos foi o documento final dessa reunião extraordinária. Sendo mais uma declaração de intenções do que outra coisa, servirá de preâmbulo para sucessivas reuniões do Conselho de Segurança na sede das Nações Unidas em Nova York. Condenação e determinação na luta contra o terrorismo, preocupação especial com o fenômeno dos combatentes terroristas estrangeiros – objetivo do debate desse encontro –, reafirmação da resolução 2178 que pede o desenvolvimento de mecanismo judiciais e legais que permitam combater os extremismos violentos com a utilização da lei, atenção especial às fórmulas de financiamento desses grupos pelo crime organizado e ao uso das novas tecnologias e das redes sociais para difundir sua propaganda e recrutar novos membros, reconhecimento das vítimas e difusão de seu relato que deslegitima o dos radicais, e a realização de encontros interculturais e religiosos.
Fonte: El País
Nenhum comentário:
Postar um comentário