A justiça francesa requisitou nesta terça-feira (21) o arquivamento da investigação sobre a morte do líder palestino Yasser Arafat, aberta em 2012 por suspeita de assassinato, informou à imprensa local a promotoria de Nanterre (região parisiense), que é responsável pela investigação. O inquérito foi aberto em agosto de 2012, a pedido da esposa de Arafat, que acredita que ele foi envenenado.
O presidente da Autoridade Palestina faleceu em 11 de novembro de 2004, aos 75 anos, em um hospital militar francês após uma brusca deterioração de seu estado de saúde. A causa oficial de sua morte foi um acidente vascular cerebral, mas os médicos franceses responsáveis pelo tratamento de Yasser Arafat afirmaram na época que não foram capazes de identificar a origem do distúrbio. Três juízes de Naterre foram encarregados de reabrir o caso por suspeita de assassinato depois que Suha Arafat apresentou a queixa com base na descoberta de polônio 210, substância radioativa altamente tóxica, nos objetos pessoais de seu marido.
A sepultura de Arafat, na Cisjordânia, foi aberta em novembro de 2012 e cerca de 60 amostras retiradas de seu cadáver foram enviadas a três equipes de especialistas suíços, franceses e russos. Os suíços encontraram níveis anormais de polônio, indicando que a tese de envenenamento era “mais coerente” com os resultados, mas negaram-se a afirmar que Arafat tivesse sido envenenado com a substância. Os especialistas franceses sustentaram que o polônio-210 e o chumbo-210 encontrados na sepultura de Arafat eram de origem ambiental e concluíram que o líder não foi envenenado.
Arafat começou a sofrer sintomas de um transtorno gastrointestinal após ingerir uma refeição e, após uma série de complicações, foi levado de Ramala ao hospital militar de Paris.
Fonte: Veja
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