22 de junho de 2015

Notícia - UE vai lançar operação contra o tráfico de pessoas no Mediterrâneo

Imigrantes chegam pelo mar Mediterrâneo à Europa em embarcações precárias e correndo risco de morte

Os ministros das Relações Exteriores da União Europeia (UE) darão sinal verde nesta segunda-feira (22), para uma missão naval no Mediterrâneo para enfrentar as redes de tráfico de imigrantes clandestinos. Na sexta-feira (19), os Estados-membros suspenderam todos os obstáculos para o lançamento formal da operação, que começará, de fato, uma semana depois.

O plano operacional da missão “EU Navfor Med” já foi adotado e será dirigido por um almirante italiano. As contribuições em matéria de embarcações – incluindo fragatas e, talvez, submarinos, helicópteros, aviões de patrulha e drones – são suficientes até o momento, e a missão poderá começar “uma semana depois da decisão”, afirmou uma autoridade europeia.

No final de abril, a UE prometeu atuar, após uma nova tragédia ocorrida no Mediterrâneo, na qual 800 migrantes morreram afogados em águas líbias. A “EU Navfor Med” vai interceptar barcos usados por traficantes que se aproveitam do desespero de pessoas que fogem de conflitos e da m

À espera de autorização do Conselho de Segurança da ONU para o uso da força em águas líbias, a operação se limitará, por enquanto, à vigilância do litoral à distância. É de lá que parte a grande maioria dos migrantes que tentam chegar à Itália. O objetivo é melhorar a coleta e o intercâmbio de informação sobre as redes de traficantes de migrantes.

Otimismo

“Somos otimistas, mas no final haverá uma resolução do Conselho de Segurança”, afirmou o diplomata, referindo-se à possibilidade de tomar os barcos suspeitos, afundar embarcações de traficantes e até bombardear seus esconderijos na costa.

A UE espera poder atacar os potentes navios utilizados pelos traficantes para rebocar em alto-mar as embarcações precárias carregadas de refugiados. Depois, esses barcos são deixados à deriva pelos criminosos, que delegam à Guarda Costeira italiana a tarefa de socorrer os ocupantes e levá-los para o litoral europeu.

Divergências sobre asilo

Os europeus triplicaram os recursos das missões marítimas de resgate italiana e grega – Triton e Poseidon -, mas divergem sobre o critério referente a pedidos de asilo. Há cerca de 40 mil pessoas nessa situação hoje.

Bruxelas sugere que esse total seja distribuído, igualmente, entre todos os 28 membros do bloco. A Comissão Europeia também é favorável a acolher os 20 mil refugiados sírios que se encontram em outros países, para evitar que escolham a via marítima.
Fonte: AFP e RFI

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