Padre que sofreu ataque perdoa agressores
Há 25 anos o padre Michael Lapsley vivia em Harare no Zimbábue quando recebeu uma correspondência com duas revistas religiosas. Ao abrir a encomenda ele foi atingido pela carta-bomba, ele foi atirado para longe com a explosão, suas mãos ficaram em chamas, ele não enxergava e nem conseguia ouvir mais nada.
Ao ser levado ao hospital ele passou a entender a gravidade do atentado, seus tímpanos foram destroçados e ele perdeu a visão de um dos olhos.
“Tinha aceitado que poderia morrer por causa do lado que tinha escolhido, mas não que teria uma grande deficiência”, disse ele.
Por ficar sem as mãos, o religioso chegou a desejar a morte por acreditar que não teria uma vida ativa. Mas com o processo de recuperação e com o apoio de seus amigos ele conseguiu superar.
De onde veio a carta-bomba o padre não sabe, mas ele tem certeza de que foram pessoas ligadas ao regime segregacionista do apartheid na África do Sul, pois na época Lapsley havia se pronunciado a favor do Congresso Nacional Africano (CNA), liderado por Nelson Mandela.
Mas hoje descobrir os responsáveis pelo atentado não é sua prioridade, pois o padre garante que já os perdoou. “Se eu os encontrasse em algum momento eu perguntaria: o que vocês fazem agora? Vocês ainda fabricam cartas-bombas? Se a resposta for ‘não’, ou, ‘na verdade ajudamos no hospital’ ou ‘ainda fazemos algo para ajudar os outros’, então, eu os perdoaria alegremente”, disse.
Hoje ele ministra palestras para pessoas que ficaram com deficiências, graves cicatrizes, marcas ou problemas causados por regimes repressivos. Lapsley acredita que ao falar sobre o trauma as pessoas podem se curar e por isso participa de sessões em grupo onde cada pessoa, inclusive ele, conta sua história.
“Quando as pessoas contam as próprias histórias e quando elas ouvem e são reconhecidas em um espaço aberto, isto ajuda no processo de cura. E quando as pessoas deficientes veem outras pessoas deficientes fazendo isto, então elas se sentem com mais poder”.
Há 25 anos o padre Michael Lapsley vivia em Harare no Zimbábue quando recebeu uma correspondência com duas revistas religiosas. Ao abrir a encomenda ele foi atingido pela carta-bomba, ele foi atirado para longe com a explosão, suas mãos ficaram em chamas, ele não enxergava e nem conseguia ouvir mais nada.
Ao ser levado ao hospital ele passou a entender a gravidade do atentado, seus tímpanos foram destroçados e ele perdeu a visão de um dos olhos.
“Tinha aceitado que poderia morrer por causa do lado que tinha escolhido, mas não que teria uma grande deficiência”, disse ele.
Por ficar sem as mãos, o religioso chegou a desejar a morte por acreditar que não teria uma vida ativa. Mas com o processo de recuperação e com o apoio de seus amigos ele conseguiu superar.
De onde veio a carta-bomba o padre não sabe, mas ele tem certeza de que foram pessoas ligadas ao regime segregacionista do apartheid na África do Sul, pois na época Lapsley havia se pronunciado a favor do Congresso Nacional Africano (CNA), liderado por Nelson Mandela.
Mas hoje descobrir os responsáveis pelo atentado não é sua prioridade, pois o padre garante que já os perdoou. “Se eu os encontrasse em algum momento eu perguntaria: o que vocês fazem agora? Vocês ainda fabricam cartas-bombas? Se a resposta for ‘não’, ou, ‘na verdade ajudamos no hospital’ ou ‘ainda fazemos algo para ajudar os outros’, então, eu os perdoaria alegremente”, disse.
Hoje ele ministra palestras para pessoas que ficaram com deficiências, graves cicatrizes, marcas ou problemas causados por regimes repressivos. Lapsley acredita que ao falar sobre o trauma as pessoas podem se curar e por isso participa de sessões em grupo onde cada pessoa, inclusive ele, conta sua história.
“Quando as pessoas contam as próprias histórias e quando elas ouvem e são reconhecidas em um espaço aberto, isto ajuda no processo de cura. E quando as pessoas deficientes veem outras pessoas deficientes fazendo isto, então elas se sentem com mais poder”.
Fonte:BBC
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