O Ministério Público Federal do Paraná (MPF-PR) marcou para o próximo dia 22 uma acareação entre o doleiro Alberto Youssef e o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa para que esclareçam divergências nas declarações de cada um nos depoimentos de delação premiada dados na Operação Lava Jato. A principal divergência entre os dois refere-se ao financiamento das campanhas eleitorais de 2010, envolvendo os ex-ministros Antonio Palocci e Edson Lobão (PMDB-MA). Enquanto Costa diz que, em 2010, mandou Youssef entregar R$ 2 milhões a Palocci para a campanha de Dilma Roussef à Presidência e outros R$ 2 milhões para Roseana Sarney, a pedido do senador Lobão, o doleiro Youssef nega que tenha repassado o dinheiro tanto para Palocci quanto para Roseana.
A necessidade da acareação surgiu quando o jornal ‘O Estado de S. Paulo’ divulgou no último dia 27 um vídeo em que o doleiro Youssef aparece falando com procuradores e com o advogado Luis Gustavo Flores, que o representa. No vídeo, Youssef se mostra interessado em confrontar sua versão dada na delação premiada com a de Paulo Roberto Costa. Dirigindo-se a um procurador, o doleiro pergunta: “Não quer ver aquelas discrepâncias com aqueles depoimentos do Paulo Roberto?”.
O procurador discutia a suposta doação de R$ 2 milhões pedida por Palocci para a campanha de Dilma em 2010. Youssef garantiu que Palocci nunca o procurou para pedir o dinheiro, enquanto que Paulo Roberto Costa garantiu em seu depoimento que mandou Youssef repassar os R$ 2 milhões para Palocci destinar à campanha de Dilma.
“Eu acho que o Paulo se equivocou e se os doutores acharem necessário a gente ter uma conversa juntos, estou à disposição”, diz Youssef no video.
Nesse ponto, um procurador ainda não identificado diz: “Esse é o tipo de coisa que quanto mais mexe, pior fica”. E uma outra pessoa diz: “É a teoria da bosta seca. Mexeu, fedeu”. Quem teria dito a frase, teria sido o advogado de Youssef, Luis Gustavo Flores. Mas o chefe do escritório de Flores, Antonio Figueiredo Basto, prefere por panos quentes na história.
Quanto ao fato de Costa ter dito que mandou Youssef dar R$ 2 milhões para Roseana Sarney em 2010, a pedido do senador Lobão, Youssef diz que é provável que o ex-diretor da Petrobras pode tê-lo confundido com outro doleiro.
Outra divergência entre os dois refere-se a R$ 1 milhão doados para a campanha do senador Humberto Costa (PT-PE) em 2010. Costa diz que mandou Youssef entregar o dinheiro a Humberto a pedido do empresário pernambucano Mário Beltrão. Já Youssef nega ter feito o pagamento e diz que Costa pode ter mandado alguma empreiteira entregar o dinheiro à campanha do senador pernambucano.
Há ainda outra contradição. O ex-diretor da Petrobras diz que mandou Youssef entregar R$ 2 milhões para a campanha de Lindbergh Faria (PT-RJ) ao Senado. Youssef nega que deu o dinheiro a Lindbergh e entende que Costa pode ter mandado outro operador do esquema dar o dinheiro ao petista.
Outras duas contradições envolvem o PSDB e o PSB. Segundo depoimento de Paulo Roberto Costa, ele reuniu-se com o deputado Eduardo da Fonte (PP-PE) e o senador Sergio Guerra (PSDB-PE) para acertar o repasse de R$ 10 milhões ao PSDB para evitar uma CPI no Congresso sobre a Petrobras em 2009. Youssef diz desconhecer o acordo. E Costa diz ainda que o então secretário do governo do Pernambuco, Fernando Bezerra (PSB), pediu R$ 20 milhões para a campanha de Eduardo Campos à reeleição em 2010. Youssef nunca mencionou pedido financeiro para a campanha de Campos.
O seu comentário é importante.
Fonte: O Globo
A necessidade da acareação surgiu quando o jornal ‘O Estado de S. Paulo’ divulgou no último dia 27 um vídeo em que o doleiro Youssef aparece falando com procuradores e com o advogado Luis Gustavo Flores, que o representa. No vídeo, Youssef se mostra interessado em confrontar sua versão dada na delação premiada com a de Paulo Roberto Costa. Dirigindo-se a um procurador, o doleiro pergunta: “Não quer ver aquelas discrepâncias com aqueles depoimentos do Paulo Roberto?”.
O procurador discutia a suposta doação de R$ 2 milhões pedida por Palocci para a campanha de Dilma em 2010. Youssef garantiu que Palocci nunca o procurou para pedir o dinheiro, enquanto que Paulo Roberto Costa garantiu em seu depoimento que mandou Youssef repassar os R$ 2 milhões para Palocci destinar à campanha de Dilma.
“Eu acho que o Paulo se equivocou e se os doutores acharem necessário a gente ter uma conversa juntos, estou à disposição”, diz Youssef no video.
Nesse ponto, um procurador ainda não identificado diz: “Esse é o tipo de coisa que quanto mais mexe, pior fica”. E uma outra pessoa diz: “É a teoria da bosta seca. Mexeu, fedeu”. Quem teria dito a frase, teria sido o advogado de Youssef, Luis Gustavo Flores. Mas o chefe do escritório de Flores, Antonio Figueiredo Basto, prefere por panos quentes na história.
Quanto ao fato de Costa ter dito que mandou Youssef dar R$ 2 milhões para Roseana Sarney em 2010, a pedido do senador Lobão, Youssef diz que é provável que o ex-diretor da Petrobras pode tê-lo confundido com outro doleiro.
Outra divergência entre os dois refere-se a R$ 1 milhão doados para a campanha do senador Humberto Costa (PT-PE) em 2010. Costa diz que mandou Youssef entregar o dinheiro a Humberto a pedido do empresário pernambucano Mário Beltrão. Já Youssef nega ter feito o pagamento e diz que Costa pode ter mandado alguma empreiteira entregar o dinheiro à campanha do senador pernambucano.
Há ainda outra contradição. O ex-diretor da Petrobras diz que mandou Youssef entregar R$ 2 milhões para a campanha de Lindbergh Faria (PT-RJ) ao Senado. Youssef nega que deu o dinheiro a Lindbergh e entende que Costa pode ter mandado outro operador do esquema dar o dinheiro ao petista.
Outras duas contradições envolvem o PSDB e o PSB. Segundo depoimento de Paulo Roberto Costa, ele reuniu-se com o deputado Eduardo da Fonte (PP-PE) e o senador Sergio Guerra (PSDB-PE) para acertar o repasse de R$ 10 milhões ao PSDB para evitar uma CPI no Congresso sobre a Petrobras em 2009. Youssef diz desconhecer o acordo. E Costa diz ainda que o então secretário do governo do Pernambuco, Fernando Bezerra (PSB), pediu R$ 20 milhões para a campanha de Eduardo Campos à reeleição em 2010. Youssef nunca mencionou pedido financeiro para a campanha de Campos.
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