Na coletiva de imprensa que concedeu na manhã desta quarta-feira (3), Al-Abadi declarou: “o grupo Estado Islâmico está criando uma nova geração de soldados fiéis e endoutrinados”. Ele classificou a questão como “um problema internacional”. Cerca de 60% dos integrantes da facção seriam estrangeiros, lembrou o primeiro-ministro iraquiano.
Al-Abadi também denunciou o fracasso da comunidade internacional na luta contra os jihadistas. Para ele, os ataques aéreos contra as posições da organização terrorista não são suficientes. Ele reclamou da falta de informações e da presença de soldados da coalizão no terreno para frear o avanço dos jihadistas.
Representantes de vinte e quatro países e de organizações internacionais estão participando do encontro em Paris. A reunião é presidida pelo ministro francês das Relações Exteriores, Laurent Fabius, e pelo premiê iraquiano. O secretário de Estado americano, John Kerry, que também dirigiria as conversas, teve que cancelar sua participação após fraturar o fêmur em um acidente de bicicleta, no final de semana, na França.
Irã apoiará Al-Assad até o fim
O presidente iraniano, Hassan Rohani, criticou duramente nesta terça-feira (2) os erros de cálculo dos países que apoiam a rebelião síria. Ele afirmou que Teerã apoiará o regime de Bashar al-Assad até o fim do conflito.
“Após quatro anos de resistência e perseverança, os planos dos inimigos da Síria, que pensavam em dominar este país em alguns meses, ruíram”, afirmou Rohani.
“Infelizmente, alguns países da região fizeram erros de cálculo e pensam que os grupos terroristas sempre estarão em condições de alcançar seus objetivos: no entanto, cedo ou tarde eles também sofrerão a praga do terrorismo”, acrescentou, segundo um site do governo iraniano.
O Irã é o maior aliado regional do regime sírio, a quem fornece um importante apoio militar e financeiro em um conflito que já deixou mais de 220 mil mortos desde seu início, em março de 2011.
Assim como Damasco, a república islâmica considera os rebeldes sírios como terroristas e acusa os países ocidentais, a Turquia e alguns países árabes do Golfo de financiar grupos radicais como o Estado Islâmico ou a Frente al-Nosra, o braço local da Al-Qaeda.
Fonte: RFI
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