26 de junho de 2015

Notícia - Após ‘congelar painel’, Senado volta a exigir presença de parlamentares

O congelamento ocorreu pela primeira vez este ano no Senado devido a ausência “justificada” de quase metade dos parlamentares

A Mesa Diretora do Senado voltou atrás e exigiu a presença nominal dos parlamentares para a votação na sessão ordinária desta quinta-feira (25), que contou com 44 senadores. A decisão de congelamento do painel se deu na terça-feira (23), quando uma reunião entre líderes partidários resolveu manter o plenário aberto, de modo que o quórum de 68 presentes valesse para as votações de quinta-feira e assim fosse possível a abertura dos trabalhos.

O congelamento ocorreu pela primeira vez este ano no Senado devido a ausência “justificada” de quase metade dos parlamentares que viajaram para suas bases eleitorais, especialmente no Nordeste, por conta das festividades juninas. Alguns outros, alegando motivos pessoais, também não compareceram a sessão de ontem.

A decisão de congelar o painel causou revolta entre alguns dos parlamentares presentes no plenário. O senador Reguffe (PDT-DF), que não faltou a nenhuma sessão desde que assumiu o mandato, em fevereiro, disse que “se tratava de um absurdo, algo que não havia acontecido em nenhum momento desde que havia chegado ao Senado”. Na quarta-feira (24), Reguffe denunciou a manobra no plenário da Casa.

Na quinta, após o fim da sessão ordinária que contou com a presença de 44 senadores — o mínimo para que a sessão seja iniciada é 41 —, Reguffe comemorou a decisão da Mesa Diretora da Casa. “A presença nas sessões nada mais é do que a obrigação dos parlamentares. É óbvio que um mandato não se resume a estar presente nas sessões, mas isso é o mínimo que a população espera de seus representantes”, completou.

A medida teria como intuito garantir a votação de acordos bilaterais entre o Brasil e os Estados Unidos, já que no próximo domingo (28) a presidente Dilma Rousseff fará uma viagem oficial para se encontrar com o presidente norte-americano, Barack Obama. Quinta-feira era o último dia que os parlamentares tinham para analisar os tratados. Os três acordos com os americanos colocados em pauta foram aprovados pelos senadores presentes à sessão.
Fonte: Correio Braziliense

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