29 de maio de 2018

Noticia: Petroleiros convocam mobilização para greve nacional na quarta-feira

Petroleiros anunciam greve de 72 horas a partir desta quarta-feira (30). Eles pedem redução dos preços dos combustíveis e saída de Pedro Parente da presidência da Petrobras
A Federação Única dos Petroleiros (FUP) decidiu entrar em greve a partir da meia-noite da próxima quarta-feira (30) e por isso convocou uma paralisação, nesta segunda-feira (28), que deve durar 72 horas.

Segundo o líder sindical, José Maria Rangel, a mobilização nacional desta segunda-feira funcionará como um “esquenta” da paralisação de quarta. A ideia para a mobilização prévia não é parar a produção, por isso, os atos deverão se concentrar nos turnos da manhã.

A lista de reivindicações, entregue pela FUP, inclui cinco pontos, entre eles a demissão do presidente da companhia, Pedro Parente; além da redução dos preços dos combustíveis e do gás de cozinha; a manutenção de empregos e retomada da produção interna de combustíveis; o fim da importação de derivados de petróleo; e a desmobilização do programa de venda de ativos promovido pela atual gestão da estatal.

A decisão foi tomada neste sábado durante uma reunião no Rio de Janeiro por meio de teleconferência. A federação classifica a paralisação de quarta como uma “advertência” e parte das mobilizações para construir uma “greve por tempo indeterminado, que foi aprovada nacionalmente pela categoria”.

A greve foi aprovada na semana retrasada e a previsão era iniciá-la no próximo dia 12. Em entrevista ao ‘Estadão’, José Maria Rangel afirmou que o movimento dos caminhoneiros “jogou luz” sobre a política de preços da Petrobras, assunto que vem sendo tratado pela FUP “há bastante tempo”. “A questão central nos preços dos combustíveis não são os tributos, é a política do Pedro Parente”, disse Rangel, em referência ao presidente da Petrobras.

Segundo o ‘Estadão’, neste domingo, o governo federal começou a estudar a possibilidade de entrar com ação na Justiça para tentar barrar a greve dos petroleiros. A ação teria de ser impetrada pela Advocacia-Geral da União (AGU), possivelmente no Supremo Tribunal Federal (STF), para ter abrangência em todas as refinarias do país. O assunto foi aventado em pelo menos uma das reuniões realizadas neste domingo no Palácio do Planalto.
Fonte: Exame.com


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