(Foto: Guilherme Venaglia/VEJA)
O candidato a presidência pelo PSL, Jair Bolsonaro, foi entrevistado pelo Roda Viva, da TV Cultura, desta segunda-feira (30). Comandado pelo jornalista Ricardo Lessa, o programa foi um dos assuntos mais comentados nas redes sociais, chegando a ficar em primeiro lugar no Twitter.
Uma das últimas perguntas feitas a Bolsonaro foi do jornalista de O Globo, Bernardo Mello Franco. Citando uma crítica do candidato sobre a imigração, ele questionou: “O senhor sabia que Jesus Cristo foi um refugiado?”. O deputado carioca respondeu que não havia “generalizado” a situação dos refugiados.
A colocação de Mello Franco teve tamanha repercussão que “Jesus Cristo” se tornou um dos assuntos mais comentados no Twitter no início desta madrugada.
O pastor Silas Malafaia usou as redes sociais para chamar a colocação de “asneira de quem não entende nada de Bíblia e cristianismo”.
Poucos minutos depois, Marina Silva, candidata à presidência pela Rede, usou sua conta no Twitter para criticar Bolsonaro (PSL) e atacar as colocações dele sobre o período da ditadura militar. Entre os comentários sobre as respostas dadas pelo seu oponente nas eleições, ela reiterou que “Jesus Cristo foi um refugiado.
Alguém que pergunta no "posto Ipiranga" questões como saúde e educação não merece o pit stop do voto de ninguém. #RodaViva
Jesus Cristo foi um refugiado e nos ensinou sobre amor, respeito, humildade e compaixão, jamais sobre tortura, preconceito e ódio.
Ainda que Marina possa não concordar com as posturas de Bolsonaro, chama atenção que, mesmo sendo evangélica e missionária da Assembleia de Deus, não conheça o pano de fundo histórico neotestamentário e repita uma afirmação com claro viés político.
Afirmar que Jesus foi um “refugiado” não faz sentido, pois nos dias do Novo Testamento, todo aquele território do Oriente Médio e Norte da África estava sob domínio do Império Romano. Quando a família de Cristo fugiu da perseguição do rei Herodes, mudando de Israel para o Egito não poderia ser considerada como “refugiados”, pois não era um outro país nem outro governo.
O Império Romano controlava as estradas e havia livre acesso dentro do seu território. Portanto, não seria possível dizer que seriam refugiados políticos. Apesar de uma série de restrições, os judeus não eram impedidos de praticar sua religião. Também não havia uma guerra entre judeus e romanos, logo não faz sentido a comparação com os refugiados que adentram a Europa hoje em dia.
A colocação do jornalista, ecoada por Marina não tem qualquer lastro histórico e apenas evidencia que o idealismo acaba sendo mais importante que os fatos.
Assista a participação do candidato no Roda Viva
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