Foram 69 dias até que fiéis conseguissem participar de culto na Igreja Luterana Martin Luther
A Igreja Luterana Martin Luther, no Largo do Paissandu, Centro de São Paulo, celebrou o primeiro culto desde a tragédia envolvendo o Edifício Wilton Paes de Almeida. O prédio que era ocupado por famílias sem-teto pegou fogo e desabou em 1º de maio.
Os trabalhos de busca nos escombros duraram 13 dias. Restos mortais de sete pessoas foram encontrados; outras duas pessoas seguem desaparecidas.
Aos poucos a comunidade começou o trabalho de reconstrução da igreja, que foi comemorado neste domingo (8), na primeira celebração na igreja depois do acidente. Foram 69 dias até que um culto voltasse a ocorrer.
A igreja, tombada como patrimônio histórico do estado e do município, perdeu parte da cobertura, da estrutura e quase toda lateral durante a tragédia.
As obras emergenciais para manter o que ficou de pé começaram assim que a Defesa Civil liberou o local. Ao mesmo tempo, voluntários e profissionais especializados contratados pela igreja garimparam no meio do entulho tudo que pudesse ser reaproveitado.
“Cada parte da igreja que pediram para não mexer, ele foi feito manualmente, tirado pedrinha por pedrinha, vidrinho por vidrinho”, disse o pastor Frederico Carlos Ludwig. “Cada detalhe e pedaço de madeira para tentar resgatar a história e ver o que é possível utilizar na reconstrução.”
A edificação de quase 110 anos vai demorar para ser totalmente reconstruída. Segundo o pastor Frederico Carlos Ludwig, estima-se que as obras custem em torno de R$ 4 milhões. “São estimativas. Não se tem valores exatos. Cada dia vem uma nova surpresa nessa história.”
Por enquanto, todas as atividades vão ser feitas no espaço que fica nos fundos da igreja. Mas já é motivo para comemorar. “Nessa igreja eu me casei, batizei meus filhos, completei bodas de prata e bodas de ouro aqui. Então estou muito feliz, muito emocionada até”, disse a aposentada Elza Leal.
A partir do começo de agosto, a comunidade deve retornar com os trabalhos sociais que fazia com a população em situação de rua do Centro da capital.
Fonte: G1
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