"Então vos hão de entregar para serdes atormentados, e matar-vos-ão; e sereis odiados de todas as nações por causa do meu nome.” Mateus 24:9
(Foto representativa por razões de segurança) A viúva nigeriana Ana* conta como foi o ataque do Boko Haram e como a igreja sobreviveu, respondendo em amor
No início do mês de junho, esteve no Brasil a cristã perseguida Ana*, da Nigéria. A convite do ‘Portas Abertas’, ela visitou 16 igrejas em quatro cidades (Recife, Fortaleza, Santos e São Paulo). Em sua segunda estada no país, Ana relembrou o episódio em que o grupo terrorista Boko Haram invadiu sua cidade, indo contra escolas, delegacias, hospitais e 150 igrejas.
Ana compartilhou vários testemunhos de milagres e afirmou que em sua primeira visita, em 2015, ainda estava no processo de luto devido à perda do marido, que era pastor. “Eu estava em dor e dificuldade. Hoje o Senhor curou e encheu meu coração”, testemunhou Ana.
Fuga desesperada
Quando os terrorista atacaram a cidade, Ana conta que estava no hospital onde trabalhava. Ao receber uma ligação do marido José* ambos conseguiram se encontrar e fugir de carro. Porém, foram interceptados em uma emboscada, em que jihadistas estavam disfarçados de soldados do exército nigeriano.
Na barreira um militante do Boko Haram perguntou a José: “Você é muçulmano ou infiel?”. Ao que ele respondeu: “Nem muçulmano, nem infiel; sou cristão!”. Os terroristas o tiraram do carro e o mandaram ajoelhar-se ao lado da estrada. Em desespero, Ana começou a gritar para que não o matassem. No entanto, o apelo foi em vão e o marido foi assassinado com cinco tiros na cabeça.
A mesma pergunta foi feita a Ana, e ela deu a mesma resposta. Mas quando um dos jihadista apontou a arma para ela, outro gritou: “Pare!”. Eles pegaram todos os objetos de valor do carro, sequestraram 20 crianças e a deixaram ir.
Ela dirigiu por 2 Km em estado de choque. Quando recobrou a consciência, não conseguiu mais dirigir e saiu correndo pela estrada. Ela foi ajudada por algumas pessoas e após encontrar o filho mais velho, fugiu para as montanhas com um grupo de cristãos. Eles escalaram cinco montanhas, com sede e fome, e só depois conseguiram contatar uma igreja da capital, que enviou um ônibus para resgatá-los. Ana só conseguiu achar os cinco filhos depois de dias, e junto com eles esperou por três semanas até o governo recuperar o controle da cidade.
Amor que supera o ódio
Ao voltarem para sua cidade, Ana e os demais cristãos decidiram ir à igreja adorar ao Senhor. Apesar de toda a igreja estar queimada, eles louvavam a Deus em pé entre os escombros. Foi então que Deus começou a mostrar seus milagres. Os muçulmanos, hostis à comunidade cristã, começaram a ficar com medo deles, pois pensavam que todos haviam sido mortos. Ao ver o número de cristãos vivos que retornaram, pensaram que eles iriam querer se vingar. “Mas nós nos vingamos com amor. Quando víamos nossos pertences nas mãos de um muçulmano, falávamos: ‘Você gostou? Pode ficar’”, relembra Ana.
“Em todas essas coisas somos mais que vencedores; não há nada que possa nos vencer”, afirma a cristã perseguida. Ana também encorajou os cristãos a permanecerem na presença do Senhor em todo o tempo, pois mesmo quando o inimigo vem, ele não pode nos tocar.
Nomes alterados por segurança.
Fonte: Portas Abertas
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