Após críticas, Trump revogou medida; porém, revogação só vale para os casos novos – 2,3 mil crianças já separadas dos pais continuarão assim
Pelo menos 49 crianças brasileiras, que estão em situação de imigração ilegal, estão vivendo em abrigos para menores nos Estados Unidos. Isso é o que aponta uma nova lista divulgada nesta quinta-feira (21) pelo cônsul-adjunto do Brasil em Houston, Felipe Santarosa.
Todas essas crianças brasileiras foram separadas dos seus pais, depois que eles foram enviados às prisões federais para processo criminal – devido à política de tolerância zero a imigrantes adotada pela administração do presidente Donald Trump.
Com idade entre 5 e 17 anos, essas crianças e esses adolescentes estão espalhados em diversos abrigos. A guarda deles é de responsabilidade do governo dos Estados Unidos e do Departamento de Saúde americano, que administra os abrigos para menores.
Apesar da guarda, os americanos não têm informações detalhadas e organizadas sobre elas. Afinal, a lista divulgada não inclui dados como nomes, idades nem a cidade em que elas estão localizadas. O governo brasileiro, por sua vez, tenta levantar tais informações.
Além das brasileiras, ativistas dos direitos humanos afirmam à imprensa que cerca de 2,3 mil crianças imigrantes estariam nesses abrigos – inclusive dentro de “jaulas” de metal, sem assistência de adultos – enquanto aguardam os processos dos pais.
Revogação da medida que separa as famílias
Alvo de críticas internacionais e, inclusive, do seu próprio governo e da sua esposa Melania Trump, a política do magnata levou um revés nesta quarta-feira (20). Isso porque, pressionado, o republicano decidiu revogar a medida que separa as famílias .
A partir disso, todos os imigrantes ilegais deverão permanecer com seus familiares até que a tramitação dos processos chegue ao fim. O problema é que a revogação vale apenas para os novos casos, ou seja, as crianças que já estão separadas dos pais, continuarão assim.
A política de Trump, que adota a tolerância zero, começou a processar criminalmente os estrangeiros que atravessassem a fronteira ilegalmente em abril, e assim, as crianças imigrantes estavam sendo separadas dos seus pais.
O Itamaraty declarou, em nota, que o governo brasileiro, através dos consulados nos EUA, tem acompanhado os casos e tentado alertar os familiares das crianças brasileiras nas prisões federais, que, na maioria das vezes, desconhece o paradeiro dos seus filhos, frente a um processo como esse.
Leia também: Melania Trump trabalhou ‘nos bastidores’ contra separação de famílias imigrantes
Fonte: iG e Agência Ansa
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