6 de junho de 2018

Noticia: Consulado de Luxemburgo quer encontrar descendentes no Brasil

Por causa de uma lei, só é possível tirar a cidadania luxemburguesa até dezembro deste ano. Por isso, o consulado tem uma força-tarefa para encontrar descendentes no Brasil
Muitos têm o sonho de mudar de país, conhecer novas culturas, estudar uma nova língua. Se a pessoa tiver algum descendente em outro continente, é meio caminho andado, por conta do benefício de ter dupla cidadania.
Para morar da Europa, por exemplo, o normal é conseguir cidadania italiana ou portuguesa. Entretanto, há ainda um país pouco conhecido entre os brasileiros, mas que está em busca de possíveis descendentes. É o caso de Luxemburgo (ou Grão-Ducado do Luxemburgo), que fica localizado na Europa Ocidental e “escondido” entre a França, Alemanha e Bélgica. É o maior centro financeiro do continente europeu e o segundo maior do mundo.

Até dezembro deste ano, o país faz uma força-tarefa para encontrar descendentes pelo mundo todo. No Brasil, o consulado realiza o trabalho em conjunto com o governo de Luxemburgo para agilizar o processo.

Quem explica melhor o assunto é o cônsul geral Jan Eichbaum. Estamos informando aos brasileiros que têm esse direito que essa possibilidade acaba neste ano, em dezembro de 2018”, informou ao Portal da Band.

De acordo com Eichbaum, a lei sobre aquisição da cidadania, válida por cinco anos, foi concedida pelo próprio parlamento luxemburguês, mas não será renovada. Por isso a preocupação em encontrar pessoas que tenha direito a esse benefício.

O consulado tem procurado possíveis pessoas que têm o direito. Só em Santa Catarina, por exemplo, há três mil potenciais descendentes. Em São Paulo e Minas Gerais, onde houve grande migração de luxemburgueses, nos anos de 50 e 60, também”, falou.

O cônsul esclareceu também que alguns desses “potenciais” cidadãos brasileiros são membros de família que já possuem cidadania luxemburguesa, mas que, por alguma razão, não buscaram informações.

Informamos famílias do nosso banco de dados e isso vai se espalhando. Algumas pessoas entram em contato com o consulado ou pelo próprio site mesmo”, disse.

Primeiros passos

Eichbaum conta que o processo para repatriação tem cerca de duas ou três fases e pode durar de três a nove meses. O primeiro passo é descobrir se há parentes na linhagem de origem luxemburguesa. Depois, ir atrás de documentos que provem isso, em cartórios, igrejas. “Tem que apurar e comprovar. A partir daí começa o processo interno”, explica.

Depois, a pessoa já recebe certificado de recuperação. Uma vez com isso, é possível dar entrada para a nacionalização. Em seguida, o cidadão pode obter passaporte e passar a ser um cidadão luxemburguês e europeu, consequentemente”, falou.

Neste caso, é necessário ir para Luxemburgo para fazer o passaporte por medidas de segurança e porque é necessário ter as digitais cadastradas.

Formas de cidadania

São duas as formas de obter a cidadania: por aquisição e por recuperação.

Aquisição: É dada quando toda a descendência desde do luxemburguês até o requerente é de origem paterna sem nenhuma mulher na linha da descendência. Nesse caso todo processo é feito diretamente via Consulado-Brasil em uma única etapa.

Recuperação: Ocorre quando há origem materna na linha de descendência, seja ela total ou parcial. Nesse caso, a primeira etapa do processo começa aqui no Consulado e após análise dos documentos por Luxemburgo, sendo reconhecida a descendência, é emitido o “Certificado De Descendência”. Esse Certificado também é enviado para o Consulado e de posse dele, o requerente terá que ir pessoalmente à Luxemburgo entrar com o pedido de “Recuperação de Cidadania”.

Para ter acesso à lista de todos os documentos necessários, basta entrar neste link.

Eichbaum faz uma ressalta e destaca para a importância em se fazer esse processo no próprio consulado. O principal é agilidade do processo feito no Brasil. “Algumas pessoas optam em ir direto a Luxemburgo. Com isso, elas entram em uma fila que têm cidadãos do mundo todo”, explica. “Nós temos uma força-tarefa direta do nosso consulado ligada diretamente com Luxemburgo”.

Primeiros a chegar

O cônsul geral contou ainda que os registros mostram que a família Bley foi a primeira a chegar no Brasil, por volta de 1828, em Rio Negro, no Paraná, no momento pós-guerra. São eles: Margretha e Nicolau, mãe e filho. “A partir daí, teve um grande crescimento da família, no Estado. Têm outras famílias tradicionais luxemburguesas em São Paulo e no Espírito Santo também, com quatro ou cinco gerações”, explicou o cônsul.

Alguns engenheiros e metalúrgicos foram enviados para Minas Gerais. A partir daí, muitos foram para Espírito Santo e São Paulo. Outros, para o Nordeste”, contou.
Fonte: Band.com


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