O grupo terrorista havia retomado no dia 1º de outubro a localidade, que tem uma minoria cristã e várias igrejas. Alguns templos foram vandalizados pelos jihadistas
O grupo Estado Islâmico (EI) “executou pelo menos 116 civis” em uma cidade da região central da Síria, antes da expulsão dos extremistas da localidade no sábado (21) pelas tropas de Damasco, informou nesta segunda-feira (23) a ONG Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).
“Durante os 20 dias em que controlou Al-Qaryatayn, o EI executou pelo menos 116 civis em represália, acusados de colaborar com as tropas do regime” de Bashar al-Assad, afirmou à AFP Rami Abdel Rahman, diretor do OSDH.
“Depois da retomada da cidade situada na província de Homs, os habitantes encontraram cadáveres nas ruas, nas casas e em outros lugares”, afirmou Rahman. “Alguns foram assassinados com armas brancas, outros por bala”, completou. De acordo com as fontes do OSDH, muitas vítimas morreram nos últimos dois dias antes da saída dos jihadistas de Al-Qaryatayn.
O grupo EI havia retomado no dia 1º de outubro a localidade, que tem uma minoria cristã e várias igrejas. Alguns templos foram vandalizados pelos jihadistas. A organização extremista havia capturado a cidade pela primeira vez em agosto de 2015. Pouco menos de um ano depois foi expulsa. De acordo com o OSDH, o regime sírio retomou a cidade no sábado, depois da retirada de mais de 200 membros do EI, que seguiram em direção a Badiya, o grande deserto do centro do país.
O EI sofre grandes derrotas há vários meses, tanto na Síria como no vizinho Iraque. Uma aliança de combatentes curdos e árabes acaba de assumir o controle de sua “capital” na Síria, Raqa. Na Síria, os combates prosseguem na província de Deir Ezzor (leste), dividida pelo rio Eufrates e na fronteira com o Iraque.
Fonte: Correio Braziliense
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