A oposição está cada vez mais sem voz na Venezuela. O prefeito de Caracas foi preso de forma arbitrária, acusado de tramar um golpe de Estado e de ameaçar a paz.
Homens do serviço bolivariano de inteligência nacional chegaram na quinta-feira (19) ao gabinete do prefeito. Encapuzados e fortemente armados, eles levaram Antonio Ledezma sem explicar o motivo da prisão.
A mulher do prefeito acompanhou a ação. Ela diz que os agentes chegaram sem manado judicial e fizeram disparos para intimidar. Sem nenhuma comunicação com o marido, Mitzy Ledezma disse que a vida dele está nas mãos do presidente Nicolás.
Em um discurso na TV, cercado de simpatizantes, Maduro chamou o prefeito de Caracas de vampiro e disse que ele vai ser processado por crimes contra a paz do país, a segurança e a constituição.
Na semana passada, o governo venezuelano acusou opositores de tramar um golpe de Estado, entre eles, Antonio Ledezma. Ele é um político experiente, do tradicional partido Aliança Democrática, que ganhou a reeleição para a prefeitura de Caracas em 2013 e fazia parte do movimento que pedia mais democracia e mudanças na política do governo central.
Logo depois da prisão de quinta, políticos denunciaram que Maduro pretende marginalizar a oposição e manchar a imagem do país.
A Human Rights Watch pediu a libertação imediata de Antonio Ledezma porque não há nenhuma evidência contra ele e disse que a prisão é mais uma decisão arbitrária de um poder judiciário sem independência.
Já os Estados Unidos afirmaram que a acusação de golpe é mais uma manobra do governo de Nicolás Maduro para desviar a atenção dos problemas econômicos do país.
Fonte: G1/Bom Dia Brasil
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