As secretarias de Administração Penitenciária do Rio (SEAP) e de São Paulo fizeram uma troca de presos entre elas, com o objetivo de evitar que as facções se comuniquem entre si, expandindo seus negócios ilícitos como compra de fuzis. Ao todo, 157 detentos das duas maiores facções do país voltaram para seus estados de origem.
A transferência foi articulada pelo Departamento Penitenciário Nacional do Ministério da Justiça e Segurança Pública (Depen/MJ) e foi concluída na última sexta-feira (1º/12). Segundo Depen, além de integrar as ações de segurança dos dois estados, o objetivo da permuta é agilizar os processos judiciais dos presos que aguardavam julgamento em unidades prisionais distantes de onde cometeram os crimes.
Só do Primeiro Comando da Capital (PCC), foram transferidos 60 presos para a capital paulista. Um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) foi utilizado no transporte deles. Segundo a secretaria estadual de Administração Penitenciária do Rio (Seap), os 97 presos que recebeu de São Paulo são fluminenses e tinham cometido crimes na capital paulista. A operação foi autorizada pela Vara de Execuções Penais (VEP) do estado. A Seap informou que irá distribuir os presos nas unidades, respeitando o regime que eles se encontram. Nenhum dos detentos de São Paulo foi para presídios federais.
Há relatórios nos serviços de inteligência das secretarias de Segurança do Rio e de São Paulo, que a convivência entre presos de facções criminosas de diferentes estados permite a troca de informações entre eles, dificultando ainda mais o combate ao crime organizado.
“Quem é CV voltou para o Rio, e quem era PCC foi para São Paulo. A troca é importante para evitar que eles se articulem e expandam os negócios de suas facção em outros estados”, explicou uma fonte na área de inteligência.
Fonte: O Globo
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