24 de agosto de 2017

Noticia: Justiça liberta um dos detidos pelo atentado em Barcelona; Igreja era alvo... -

Mohamed Houli Chemlal, Driss Oukabir, Salah El Karib e Mohamed Aallaa
Imã que planejou atentados morreu enquanto preparava explosivos
Terroristas pretendiam lançar "mãe de Satã" contra igreja
O atentado terrorista realizado em Barcelona semana passada, deixou 15 mortos e mais de 100 feridos, mas esse número poderia ter sido muito maior. Segundo apontam as investigações das autoridades espanholas, a célula islâmica pretendia explodir a igreja mais famosa da cidade. O grupo foi desmontado numa operação em que 5 terroristas foram mortos e outros 4, presos.

As fontes governamentais dão conta que o mentor da ação era o imã marroquino Abdelbaki Es-Satty. Ele comandava a célula ‘jihadista’ responsável pelos atentados na Catalunha. Um acidente ocorrido na casa em Alcanar, onde o grupo se reunia, a 200 km de Barcelona, vitimou o imã.

O major Josep Lluis Trapero explicou à imprensa que no local estavam sendo preparadas bombas que seriam lançadas contra a Catedral Sagrada Família, um dos cartões postais da cidade.

“Os restos do imã estavam lá”, declarou o major. O líder religioso e outra pessoas, ainda não identificadas, foram vitimados pela explosão da casa que servia de base de operações da célula. Eles preparavam há cerca de seis meses diversos atentados. No local, a polícia encontrou 120 botijões de gás.

Foram encontrados também vestígios do TATP, o triperóxido de triacetona. Esse explosivo é muito potente, mas extremamente instável. Ele pode ser feito de modo artesanal, sendo obtido na mistura, em proporções precisas, de acetona, água oxigenada e um ácido (sulfúrico, clorídrico ou nítrico), produtos facilmente encontrados no comércio.

Apelidado pelos extremistas de “mãe de Satã”, vem mostrando ser o explosivo preferido do Estado Islâmico, uma vez que foi usado em diversos atentados recentes em solo europeu.

Por causa da explosão acidental na quarta-feira (16), os terroristas a optaram pelo atropelamento em massa na Rambla, a mais movimentada avenida de Barcelona, na quinta-feira.

Essa foi a confissão de Mohamed Houli Chemlal, um dos suspeitos de planejar o duplo ataque terrorista, diante de um juiz espanhol. Ele revelou que sua célula preparava um atentado de maior impacto. O principal alvo era a catedral da Sagrada Família, basílica que é Patrimônio Mundial da Unesco e o principal trabalho do arquiteto Antoni Gaudi.

Além de Chemlal, que ficou ferido na explosão que vitimou o imã enquanto preparavam as bombas usando “a mãe de Satã”, estão presos Driss Oukabir e Salah El Karib. Eles serão levados a julgamento pelos ataques. Mohammed Aallaa, que chegou a ser detido, acabou liberado por falta de provas em seu envolvimento no atentado. 

Fonte: Uol


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