7 de junho de 2016

Noticia: Janot pede prisão de Renan, Sarney, Cunha e Jucá por tentativa de barrar Lava Jato

Delator indicou que trio teria recebido R$ 70 milhões desviados em esquema da Petrobras

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu a prisão do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), do ex-presidente da República José Sarney (PMDB-AP) e do senador Romero Jucá (PMDB-RR) ao STF (Supremo Tribunal Federal) sob a acusação de terem tentado obstruir a operação Lava Jato, segundo reportagem do jornal ‘O Globo’ nesta terça-feira (7).

Também foi pedida por Janot a prisão do presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

De acordo com o jornal, o procurador-geral pede a prisão dos quatro por suspeita de eles estarem obstruindo as investigações da Operação Lava Jato. A reportagem diz também que os pedidos de prisão estão com o ministro do Supremo Tribunal Federal Teori Zavascki, relator da Lava Jato no tribunal, há pelo menos uma semana.

Os pedidos de prisão têm como base conversas gravadas pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado e um filho dele no âmbito de acordos de delação premiada com as autoridades da Lava Jato.

‘O Globo’ afirma que a fonte da informação é um interlocutor de um ministro do STF, que não foi identificado. Segundo a fonte citada pelo jornal, Renan, Sarney e Jucá planejavam derrubar toda a Lava Jato, que investiga um esquema bilionário de corrupção que envolve principalmente a Petrobras, empreiteiras e políticos.

O senador Jucá perdeu o cargo de ministro do Planejamento ao ser flagrado supostamente sugerindo que uma troca no governo federal, com a saída da agora presidente afastada Dilma Rousseff, resultaria em pacto para frear os avanços da Lava Jato. Depois, Fabiano Silveira deixou o comando do Ministério da Transparência devido ao vazamento de declarações dele criticando a operação, em uma conversa com a presença de Renan.

Em sua delação, Machado também afirmou que pagou R$ 70 milhões em propina de contratos da Transpetro para Renan, Jucá e Sarney), entre outros líderes peemedebistas, segundo reportagens publicadas no fim de semana.

Os peemedebistas citados têm negado repetidamente qualquer irregularidade.

Fonte: R7


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