A agência pediu planejamento e acomodações melhores para as pelo menos 24 mil pessoas retidas em solo grego, incluindo 8,5 mil Idomeni, onde centenas de imigrantes atacaram a fronteira na segunda-feira e a polícia da Macedônia disparou gás lacrimogêneo para dispersá-las. "A Europa está à beira de uma crise humanitária em grande parte autoinduzida", disse o porta-voz do Acnur, Adrian Edwards, em entrevista à imprensa.
"As condições de superlotação estão causando falta de alimento, abrigos, água e saneamento. Como todos nós vimos ontem (segunda-feira), as tensões vêm se acumulando, alimentando a violência e favorecendo os traficantes de pessoas", afirmou.
Os imigrantes ficaram retidos na Grécia depois que a Áustria e outros países ao longo da rota migratória dos Bálcãs impuseram restrições em suas divisas, limitando o número de pessoas com permissão de passar.
O Acnur também exortou todos os países-membros da União Europeia a aprimorarem os mecanismos de registro e processamento de postulantes a asilo constantes de seus procedimentos nacionais, assim como por meio do esquema de redistribuição europeu.
"A Grécia não consegue lidar com esta situação sozinha", disse Edwards.
Apesar do compromisso de realocar 66 mil e 400 refugiados da Grécia, até agora os Estados só prometeram 1.539 vagas, e só 325 pessoas foram de fato transferidas, acrescentou.
Cerca de 131 mil e 724 refugiados cruzaram o Mar Mediterrâneo em janeiro e fevereiro, mais do que na primeira metade de 2015, disse o Acnur. Outros 410 morreram no mar
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Fonte: Reuters.
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