"Há violações da aviação russa e do regime sírio, por isso nós estamos em permanente contato com o grupo de apoio à Síria", disse o ministro em entrevista coletiva realizada na capital saudita junto com o chanceler dinamarquês, Kristian Jensen, que está em visita no país.
Vários grupos armados e a ONG Observatório Sírio de Direitos Humanos também denunciaram bombardeios de aviões de guerra em várias cidades do país.
Jubeir acrescentou que se a Rússia tem um verdadeiro interesse no cumprimento da trégua, deve ajudar Assad a cumpri-la.
Segundo o ministro saudita, o cessar-fogo servirá para "medir a seriedade do regime (sírio) na busca de uma solução".
"Se não houver seriedade por parte do regime sírio e de seus aliados, temos outra alternativa: ou sai Bashar al Assad pacificamente ou mediante uma ação militar", acrescentou Jubeir.
Nesse sentido, o responsável saudita insistiu que "se a coalizão internacional decidir enviar forças de terra (à Síria), a Arábia Saudita está disposta a mandar forças especiais dentro dessa (eventual) operação".
Já Jensen afirmou que durante sua reunião com Jubeir ambos debateram os meios para uma reunificação da oposição síria para que ela alcance um consenso com a finalidade de chegar a uma solução baseada nas conferências de paz de Genebra.
Para o ministro dinamarquês, só existem soluções políticas para o conflito sírio, "já que as soluções militares só trazem morte, desaparições forçadas e o deslocamento de pessoas".
Além disso, segundo Jensen, os líderes falaram da luta contra o grupo terrorista Estado Islâmico (EI), sobre assuntos de segurança e sobre a aplicação da pena de morte na Arábia Saudita.
A respeito, Jubeir afirmou que as relações com a Dinamarca são boas, mas pediu "respeito" para seu sistema judiciário, baseado na "sharia" (lei islâmica).
"As decisões judiciais são executadas depois de serem determinadas pelo Tribunal de Cassação. Nós respeitamos a justiça dos outros países, não impomos nosso sistema judiciário e ninguém pode nos impor o seu. Devemos nos respeitar e não nos criticar", disse o ministro sadita, de forma contundente.
Tanto o EI como a Frente al Nusra estão excluídos do acordo de cessar-fogo, estipulado por Rússia e Estados Unidos, e aceito pelo governo e pela principal aliança opositora síria.
Durante o primeiro dia da cessação das hostilidades, ontem, quase não se registraram ataques aéreos, e a oposição só documentou um de helicópteros com barris de explosivos contra um bairro da cidade de Aleppo.
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Fonte: EFE.
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